Os livros são parte integrante da nossa formação, por vezes deixamos que habitem em nós, que façam parte da nossa vida. É assim, que alguns caracterizam, em poucas palavras, o que os livros, manuscritos e primeiras edições representam na sua vida. A livraria Manuel Ferreira está localizada no coração do Porto, mais precisamente na Rua Doutor Alves da Veiga, um pouco escondida, mas que, desde a sua fundação em 1959 continua a fazer a graça a muitos dos letrados da cidade.
De repente ali estava eu. Naquele imenso mundo de livros e manuscritos, de sabedoria traçada em algumas linhas, no meio dos ilustres (alguns incógnitos) autores, no meio de primeiras edições, de obras centenárias. De fundo, a música a completar o cenário, nas prateleiras obras e obras que ajudaram a traçar a linha da vida a quem os escreveu, e de quem já teve a oportunidade de meditar sobre eles.
Antigamente um alfarrabista não era mais do que um espaço onde se vendiam livros e só os letrados o procuravam com uma perspectiva mais consciente. Hoje é um espaço de culto.
O étimo árabe diz que alfarrábio é um papel velho, que conta histórias. kasyno online gry Ao étimo acrescentou-se o sufixo “istas”. Assim nasce a palavra alfarrabista. sts zakłady bukmacherskie
Situada no coração do Porto a livraria alfarrabista Manuel Ferreira apresenta uma diversidade de temas e de autores que abrangem todas as áreas de interesse dos amantes da literatura. Ali encontramos obras de Alberto Serpa, Sophia de Mello Breyner, Luíz Vaz de Camões, e até mesmo a primeira enciclopédia conhecida no mundo das ciências, artes e profissões publicada por Diderot e D’ Alembert do século XVIII com inúmeras gravuras em chapa de cobre a ilustrar os majestosos textos. A par de toda esta arte também há espaço para ver de perto documentos de pergaminhos do Rei D. Duarte, do Conde D. Henrique, dos Mosteiros de Arouca, Grijó, gravuras e pinturas.
Este foi um projecto que nasceu um pouco por acaso, da necessidade do fundador em explorar a leitura. automaty online za pieniadze “Inicialmente em fase embrionária logo se sentiu a necessidade de fazer florescer esta arte e enveredar só pela comercialização de livros usados”, referiu Manuel Ferreira.
Herculano Ferreira é filho do alfarrabista profissional e fundador Manuel Ferreira. Desde criança brinca no meio dos livros que o ajudaram a sentir a sua existência pessoal, “considero que nasci no meio deles”, referiu.
Os clientes que procuram o alfarrabista são pessoas que gostam de peças antigas, pela sua autenticidade, pelo seu valor, pela investigação que proporcionam, pelas passagens que transcrevem, no fundo o cliente é um bibliófilo ama os os livros de diferentes maneiras, ou pelo cheiro que transmitem ou pelo uso que têm.
Neste espaço a cultura portuguesa tem muita procura, “contudo quando nos deslocamos a casa dos nossos clientes para fazer a avaliação das suas bibliotecas preenchemos o nosso espaço com diferentes obras”, referiu Herculano Ferreira.
Avaliação de bibliotecas pessoais
Os responsáveis da Livraria Manuel Ferreira têm um conhecimento aprofundado sobre todas as edições. O seu trabalho não se distingue exclusivamente por comprar e vender livros na sua área comercial, “há uma área mais interessante e mais enriquecedora do nosso trabalho que passa por avaliar as bibliotecas particulares e da organização de leilões. Há quem peça uma avaliação da sua biblioteca para se manter informado do seu valor ou porque tem intenção de vender. Também elaboramos catálogos que são oferecidos aos clientes, onde descrevemos algumas obras para venda. Já publicámos mais de 150 entre leilões e catálogos da livraria. Um trabalho de décadas que ajudou a «construir» um arquivo bibliográfico que conta já com 150 mil registos”, concluiu Manuel Ferreira.