‘A, B, C,’ // POETICO, DOUTRINAL, // E // ANTIFRANCEZ, // OU // VENI MECUM // Para utilidade, e recreio dos Meninos // Portuguezes. // [brasão com as armas de Portugal] // LISBOA, // NA IMPRESSAM REGIA. // ANNO 1809. // [travessão de enfeite] // ‘Com licença.’ // —— // ‘Vende-se na Loja de Thomás José da Guerra, defronte do Real Collegio dos Nobres.’ In-8.º de 46-[II] págs. Desenc.
Raríssima e muito curiosa colecção de poesias contra os franceses, registada no 1.º vol. da «Bibliografia da Impressão Régia do Rio de Janeiro» de Ana Camargo e Borba de Moraes, onde se diz que Cabral cita esta publicação segundo a Gazeta do Rio de Janeiro de 20 jun. 1810, pois não viu nenhum exemplar.
Entre outras poesias, [Padre Nosso; Credo; Lusitanos Penitencia; Penitencia, Lusitanos; Senhor, estamos perdidos; Ás Armas, Lusa Nação, etc.], fez o seu autor publicar os seguintes Sonetos: ‘Portugal chorando saudoso pelo seu Amavel PRINCIPE REGENTE, que no sempre memoravel dia 29 de Novembro se transportou para os Estados d’America, valendo-se daquelle Soneto de Camões, Alma minha…; No terrível dia 30 de Novembro, em que as Tropas de Napoleão entrárão em Lisboa.; No sempre detestavel dia 13 de Dezembro, em que ao som de Artilheria se arvorou em Lisboa a Bandeira Franceza.; No terrível, e lacrimoso dia 16 de Janeiro, em que as Armas Portuguezas forão picadas na Fundição por ordem de Junot.; A Junot pelos mesmos consoantes, forçados daquele Soneto de Camões’ Alma minha, &c.; Para excitar a frôxa Hespanha, a fim de que declare guerra ao Imperador da França; Ao dia 15 de Agosto, Natalicio de Napoleão, celebrado em Lisboa com estrondosas salvas, fazendo a fragata Carlota huma decoração magestosa defronte de Belém.; Certa Beata de Lisboa entre a elevação da Hostia, e Calis fazia a seguinte rogativa com muito fervor, e zelo.; Napoleão desesperado com a terrivel noticia da Restauração de Portugal, rompe nos seguintes THRENOS.’