BOTELLO DE MORAES Y VASCONCELOS (Francisco).- EL ALPHONSO, // O // LA FUNDACION DEL REYNO // DE PORTUGAL // ASSEGURADA Y PERFECTA EN LA CONQUISTA // DE ELYSIA. // POEMA EPICO // ‘DEL CAVALLERO FRANCISCO BOTELLO // de Moraes y Vasconcélos;’ // IMPRESSO AORA LA PRIMERA VEZ // con beneplacito de su Author. // INTRODUCELE EL MISMO A LA PRESENCIA // DE LA SERENISSIMA // DOÑA MARIA, // PRINCESA // DE ASTURIAS. // —— // En Salamanca: En la Imprenta de // ANTONIO JOSEPH VILLARGORDO. // ‘Año de M. DCC. XXXI. In-8.º de XVI-283-I-IV págs. E.
Ilustre humanista dos séculos XVII e XVIII, o autor, transmontano natural de Moncorvo, viveu parte significativa da sua vida em Salamanca onde ainda hoje é recordado por ter o seu nome associado a uma praça pública, situada num bairro onde outros poetas e escritores são também homenageados com a atribuição dos seus nomes à toponímia local.
Em 1702, D. João V concedeu-lhe o Hábito de Cristo e uma pensão por ter composto o Poema ‘El Alphonso’, poema épico dedicado a D. Afonso Henriques e à Fundação de Portugal. Desenvolveu significativa obra literária em castelhano o que lhe valeu a nomeação de membro da Real Academia Espanhola em 1738.
Da última visita que fêz à sua terra natal, fundou em Moncorvo a ‘Academia dos Unidos’, inovadora associação cultural dedicada à prosa, poesia, manejo de cavalos, música, dança e teatro, associação que no seu tempo e de semelhantes objectivos apenas se conheciam quatro em Portugal. Em Lisboa, Porto, Coimbra e Évora.
Frontispício circundado por cercadura composta de pequenas vinhetas tipográficas.
As últimas duas ff. contêm uma «NOTICIA de la Patria, linage, y principales successos del Poeta. Escrita por Bernardino Pereira de Aròsa, Cavallero de la Orden de Christo, y natural, y morador de la Torre de Moncorvo.”
Por confrontação confirmamos a existência de duas edições com diferente composição, publicadas no mesmo ano e impressas na mesma oficina. O frontispício, de semelhante apresentação gráfica, distingue-se, por exemplo, na palavra ‘REINO’ [3.ª linha] que na variante da que agora anunciamos foi escrito ‘REYNO’. Outras variantes surgem entre as edições que não cabe aqui estudar.
Encadernação da época em inteira de carneira, decorada a ouro e com quatro nervos na lombada. Com um pequeno corte de traça na margem exterior que afecta algumas das primeiras folhas.