BOCAGE (Manuel Maria de Barbosa du) (Trad.) — CARDOSO (José Francisco).— AO SERENISSIMO, PIISIMO, FELICISSIMO, PRINCIPE REGENTE DE PORTUGAL, D. JOÃO, ORNAMENT. PRIM., ESPERANÇA, E ESTABILIDADE // DO BRASIL, // E PROTECTOR EXIMIO DAS LETRAS, // CANTO HEROICO // SOBRE AS FAÇANH. DOS PORTUGUEZES // NA EXPEDIÇAÕ DE TRIPOLI. // ‘Em testemunho de vassalagem, profundo acatamento, // e gratidão, mui respeitosa, e humildemente’ // D. O. C. // POR // JOSÉ FRANCISCO CARDOSO, // ‘Professor Regio de Grammatica Latina na Cidade // da Bahia, e della natural; // TRADUZIDO POR // MANOEL MARIA DE BARBOSA DU BOCAGE. // [pequena vinheta ou brazão real] // LISBOA, // NA OFFIC. DA CASA LITTERARIA DO ARCO DO CEGO. // ——— // ANNO. M. DCCC. // ‘Por Ordem de S. A. R.’. In-8.º de 103-[I] págs. Desenc.
Deste ‘Poema’ [Canto heroico sobre a expedição de Tripoli pelos portugueses] saíram duas edições com distintos frontispícios, impressas em Lisboa em 1800 e nos prelos da Oficina do Arco de Cego. Uma apenas com o texto original em latim e a que apresentamos, bilingue, em latim e português, cuja tradução se deve a M. M. Barbosa du Bocage.
Rubens Borba de Moraes diz na ‘Bibliografia Brasileira do Período Colonial’ que “O autor, como se sabe, era amigo íntimo de Bocage. […]”.
Sacramento Blake recorda no ‘Dicionario Bibliográfico Brazileiro’ que José Francisco Cardoso de Moraes “nasceu na cidade da Bahia a 23 de abril de 1761 e falleceu em 1842 ou 1843. Fez em sua patria os estudos de humanidade, indo depois a Portugal e, de volta a ella, foi nomeado professor regio da lingua latina, na qual foi um dos brazileiros mais versados. Poeta primoroso e apaixonadissimo dos poetas latinos, compoz muitas poesias, quer nessa lingua, quer na portugueza, […]”.