CÂMARA (Maria Alexandra Trindade Gago da).- "A ARTE DE BEM VIVER". A ‘Encenação’ do quotidiano na azulejaria portuguesa da segunda metade de setecentos. Fundação Calouste Gulbenkian. Fundação para a Ciência e a Tecnologia. Ministério da Ciência e do Ensino Superior. [2005]. In-4.º de XXXII-523-III págs. B.
Do Prefácio de Rafael Moreira: "(…) Não nos cabe a nós julgar os méritos de uma obra académica já aprovada com mérito, e que merece agora as honras do prelo pela atitude mecenática bem-informada da Fundação Gulbenkian.
"Permitam-me apenas que chame a atenção do leitor estudioso que tem em suas mãos um trabalho sobre azulejaria portuguesa — numa região e cronologia restritas, é certo, mas que em boa hora deverá ser alargada ao conjunto do País — que parte no essencial de uma hipótese sociológica (que não é a da "História Social" à maneira de Hauser ou Antal) de interpretação do discurso do azulejo como suporte artístico de uma linguagem semanticamente codificada e socialmente contextualizada no corpo da sociedade, e que envolve no seu jogo de espelhos os ritmos, estéticas, curvas de gosto e riscos analíticos em que a própria sociedade se revê reflectida no suporte cerâmico. Diria, sem medo de errar, que se trata de uma obra metodologicamente inovadora no domínio da História da Arte (e da cultura) portuguesa."
Publicação de cuidada apresentação gráfica, largamente ilustrada com reproduções a cores e a negro de azulejos e gravuras não portuguesas, cujos temas se aproximam ou serviram de modelo aos azulejos reproduzidos. Tiragem confinada a 500 exemplares.