DUARTE (Fausto).— AUÁ. Novela Negra. (…) Prefácio de Aquilino Ribeiro. 3.ª edição. 1945. Editora Marítimo-Colonial. Lda. Lisboa. In-8.º de 232-IV págs. B.
“(…) As finas qualidades de observação de Fausto Duarte revelam-nos uma Guiné que não sonhávamos. Lá também o homem é joguete de estranhas e incoercíveis fôrças; lá também o homem faz guerra ao seu semelhante e é trivial que o oprimido odeie o tirano, chame-se nesta parte do mundo o cobrador de impostos ou o duanhe, na Europa o proprietário ou representante da autoridade, no guinhol — o gendarme, como em gendarme se cifra tudo o que no universo sensível ou incognoscível implica mando e propotência.
“Fausto Duarte é pela civilização, mas a sua sensibilidade não cala a ternura que lhe merece o homem escravizado, coacto a uma felicidade sem a qual passaria perfeitamente. Os que sonham com um Portugal de além-mar engrandecido hão-de ficar gratos à pena colorida, equilibrada, emotiva sem excesso que escreveu Auá, estreia literária do maior realce e obra de elevação lusíada.” [’in’ Prefácio de Aquilino Ribeiro].
Obra distinguida em 1934 com o Prémio de Literatura Colonial.
Terceira edição, acrescida com excertos da imprensa publicados a propósita da Obra.
Capa da brochura ilustrada com a reprodução de uma fotografia de Francisco de Oliveira, exibida em Paris no «Salão Internacional de Fotografia», Paris, 1933.
Exemplar com pequenas falhas de papel.