BANDARRA . Semanário da Vida Portuguesa. Redactor principal: Pedro Corrêa Marques [a partir do n.º 40 com o jornalista Jorge Faria]. N.º 1 – 16 de março de 1935 [a N.º 43 – 11 de janeiro de 1936]. Lisboa. 43 números In-fólio E. em um volume.
Diz Daniel Pires no ‘Dicionário da Imprensa Periódica’ que n‘O Bandarra’, inicialmente dirigido por António Ferro e mais tarde por Jorge de Faria e Pedro Correia Marques “é feita a apologia rasgada e exuberante de Mussolini e de Salazar. Particularmente deste político, são estampadas fotografias e um busto. No âmbito da cultura, postulam-se as premissas que António Ferro tutelou. José Régio, no nº 46 da ‘Presença’, afirma nomeadamente acerca deste periódico: «[…] é um semanário cujas opiniões e atitudes para com a literatura estão em razão directa das opiniões políticas dos escritores.
“— És nacionalista? — Então és um génio! Eis a tábua de valores de ‘Bandarra’ e não vale a pena acrescentar nada.»
“Fernando Pessoa colabora com «O Interregno — Defesa e Justificação da Ditadura Militar», António Botto assina o conto «O Novelo Divino», José de Figueiredo comenta uma carta inédita de Guerra Junqueiro, é apresentado um retrato inédito de Ramalho Ortigão, Hernâni Cidade e Manuel Múrias polemizam.
“A crítica de arte e a de cinemas eram asseguradas por Augusto Ferreira Gomes – pouco benévolo para com uma exposição de Vieira da Silva – e por António Lopes Ribeiro. (…)”.
Entre vasta e significativa colaboração, destacamos os nomes de Alfredo Pimenta, António Botto, Augusto Ferreira Gomes, Azinhal Abelho, Caetano Beirão, Conde de Aurora, Fernanda de Castro, Fernando de Pamplona, Fernando Pessoa, Hernâni Cidade, João Ameal, Joaquim Leitão, Luis Chaves, Luís Pastor de Macedo, Manuel Anselmo, Manuel Couto Viana, Manuel Múrias, Mário Brandão, Pedro Homem de Mello, Raul Lino, Reinaldo Ferreira.
Com falta do número ‘especimen’, datado de 1934 e o n.º 1 da segunda tiragem. Encadernação modesta.