A BESTA // DE // SETE CABEÇAS E DEZ CORNOS: // VISÃO // DO EVANGELISTA E APOSTOLO // S. JOÃO // EXPOSTA NO XII. CAPITULO DE SEU APOCALYPSE, COM HUM // COMMENTARIO LITTERAL, E APPLICAÇÃO ÁS SCENAS DO // MUNDO PRESENTE. // DADO Á LUZ // POR HUM PRESBYTERO ANDALUZ, // VIZINHO DA CIDADE DE MALAGA. // [brasão de armas de Portugal] // LISBOA, // NA IMPRESSÃO REGIA. 1809. ‘Com licença da Meza do Desembargo do Paço’. // —— // ‘Vende-se por 60 réis na Loja da impressão Regia á Praça do Comercio, na da Gazeta, e na do Madre de Deos ao Rocio. In-8.º de 34 págs. Desenc.
Embora com diferente sub-título [A Besta de sete cabeças, e dez cornos ou Napoleão Imperador dos Francezes], Inocêncio regista uma edição também impressa em 1809, sem indicação de qualquer outro registo tipográfico, atribuindo a Obra a Fr. Manuel de S. Joaquim Maia e dizendo que o religioso: “(…) fez imprimir por sua conta na Imprensa Nacional varios opusculos anonymos, dos quaes todavia não sei se foi auctor, ou simplesmente editor. (…)”.
Entre a bibliografia que dispomos identificamos a edição sumariamente descrita por Inocêncio e apuramos que esta foi impressa na oficina de Joaquim Thomaz de Aquino Bulhões, confirmando a total semelhança de texto impresso, embora com distinta composição tipográfica. No final da edição de Aquino de Bulhões, a edição apresenta as letras iniciais que cremos pertencer ao anónimo autor: O. S. C. S. E. C. A. R.
A edição que agora apresentamos, tem na frente da última folha uma curiosa «Advertencia»; “Havendo o Editor da presente interpretação do Capitulo XIII. do Apocalypse de S. João notado as diversas exposições sobre o cálculo numerico, relativo ao nome da Besta, de que trata o mesmo Capitulo; e vendo que o numero 666 he o indicado para a representar, encostando-se ao modo, por que tem calculado o Author Inglez a folhas —, offerece ao Público o seguinte cálculo, segundo o nosso Alfabeto, que sem tortura, nem violencia alguma se accomoda, e descreve perfeitamente o nome de Napoleão Bonaparte (…)”.; segue-se no verso da mesma folha o respectivo calculo.
A edição reproduz o Capítulo XIII do Apocalipse, cuja tradução se deve ao Padre António Pereira de Figueiredo.