VAZ (João).- BREVE // RECOPILAÇAÕ, // E TRATADO AGORA NOVAMENTE // tirado das antiguidades de Espanha. // QUE TRATA COMO ELREY ALMANÇOR // morreo em Portugal junto à Cidade do Porto, onde agora // chamaõ Gaya, às mãos del Rey Ramiro, e sua gente, donde // tambem cobrou, e matou sua mulher chamada Gaya, que // estava com este Mouro, da qual ficou este lugar // chamado de seu nome. // ‘COMPOSTA’ // POR JOAÕ VAZ, // ‘Natural da Cidade de Evora,’ // Em verso Oitava Rima. // [xilogravura representando uma nau] // EM LISBOA POR DOMINGOS CARNEIRO, // ‘Com licenças, e Privilegio Real, Anno de 1661’. In-8.º de 32 págs. E.
Opúsculo bastante raro e curioso, não só com interesse para a bibliografia da literatura popular e da toponímia gaiense (em particular da freguesia de miragaia) mas também por ter sido o Poema, objecto de estudo de Almeida Garrett no seu ‘Romanceiro’, assim como de inspiração nos versos intitulados ‘Miragaia’ .
Também o estudo das múltiplas edições publicadas desde 1601 mereceram a atenção dos bibliófilos, sendo de destacar o artigo publicado por Lindley Cintra no ‘Boletim Internacional de Bibliografia Luso-Brasileira’ intitulado «Notas à margem do Romanceiro de Almeida Garrett. [Vol VIII, n.º 1, págs. 195].
Fernando Palha descreve uma edição também datada de 1661 — impressa em Lisboa pelo mesmo impressor — que se revela variante da que acima anunciamos. Lindley Cintra no artigo citado, reproduz entre outros frontispícios o da edição descrita por Palha.
Encadernação à antiga em material sintético, imitativo de carneira.