CARTA provavelmente enviada a Bernardo José da Silva Cabral, não datada, assinada "Francº". Dim. 18,5 x 23 cm.
"Pelo Telegrapho disse eu – daria a razão, p.r que é indispensavel, que V. Exª faça já já dar execução ao Decreto de 3 do corr.e, que Despachou o nosso amº Joze Maria de Brito – Administrador do Conc.º de Odemira. (…) V. Exª sabe m.to bem, que Aragão fiqou inimigo do Brito, desde que este o guerreou na ultima Eleição, empenhando todos os seos exforços, pª que a Candidatura de V. Exª triumphasse, como felizm.te triumphou. Aragão soube agora, que Brito acabava de ser Despachado Adm.or (…) p.r conseq.ca empregou todos os seos exforços pª malograr este Despacho; exforços, que deram em rezultado, que o Govº mandasse suspender a execução do Decreto, até nova ordem. É este um facto, que V. Exª não deve tollerar, é dar armas aos seos inimigos pª baterem aquelles, que se exforçaram pª o levarem á Camara (…). O nosso amº Eduardo de Odemira está altam.te empenhado neste negocio; e V. Exª tem o rigoroso dever de manifestar aos seos inimigos, que ainda tem a força bastante, pª destruir seos planos traiçoeiros. A honra do meo intimo amº Gov.or Civil daqui está igualm.te empenhado neste negocio; e se V. Exª não rezolve já já este negocio, ve-se na necessid.e de pedir a sua exoneração, o que é altam.e inconveniente (…)"