PINTO (Agostinho Albano da Silveira) [1785-1852].— CODIGO PHARMACEUTICO LUSITANO. (…). Porto, Na Typographia da Revista, Largo do Correio n.º 53, defronte da fonte. – 1858. In-4.º de VI-VIII-400 págs. E.
“Edição posthuma, feita e corrigida sobre apontamentos do Author; revistos e coordenados por José Pereira Reis (…)”, dividida em duas secções principais: o ‘Código Pharmaceutico’ com um ‘Índice das matérias’ [ilustrado nas páginas de texto e com 3 estampas impressas à parte] a que se segue a respectiva ‘Phamacopêa’, um suplemento e o ‘Indice alphabetico da Pharmacopeia’.
Agostinho Albano da Silveira Pinto, ilustre médico natural da cidade do Porto, obteve os graus de doutor em Filosofia e Matemática, assim como o de bacharel em Medicina, na Universidade de Coimbra.
Dirigiu a Real Escola de Cirurgia do Porto, regeu um curso de ‘Economia Política’ na Associação Comercial do Porto. Serviu no Batalhão Académico em 1808. Foi presidente da Comissão Sanitária do Porto durante a epidemia de cólera de 1833, deputado às Cortes entre 1834 e 1852, vice-presidente do Tribunal de Contas, ministro e secretário de estado dos Negócios da Marinha e Ultramar (1847-1848) e membro do Tribunal do Tesouro Público.
Entre a sua muito vasta e diversificada produção literária destacámos o ‘Código Pharmaceutico Lusitano’, adoptado como farmacopeia oficial portuguesa desde 1835 e considerado como Código Pharmaceutico Legal no Império do Brasil.
Da sua autoria é ainda o primeiro folheto médico sobre homeopatia editado na revista «Repositório Literário da Sociedade das Ciências Médicas e de Literatura do Porto», em 1835.
Ao lado de Alexandre Herculano, participou na ‘Sociedade das Ciências Médicas e da Literatura do Porto’, a que presidiu, e foi redator principal da ‘Revista Estrangeira’ [Coimbra, 1837-1838] e da ‘Revista Litteraria’ [Porto, 1838-1843].
Foi ainda médico da Real Câmara, sócio efectivo da Academia Real das Ciências de Lisboa, comendador da Ordem de Nossa Senhora da Conceição de Vila Viçosa e membro da Maçonaria, com o nome ‘Hyperion’.
Encadernação antiga com lombada de pele, com alguns defeitos.