RAMALHO (Margarida Magalhães).— COMBOIOS COM HISTÓRIAS. Instituto Nacional do Transporte Ferroviário. Assírio & Alvim. [Lisboa. 2000]. In-4.º gr. de 223-I págs. E.
“Como nas cartas de amor de uma velha canção, quem não tem recordações de uma viagem de comboio? (…)
“Ao longo dos seus quase 150 anos de existência, o comboio foi-se tornando parte integrante das nossas vidas e do próprio país. Durante todo este tempo, muitos foram os acontecimentos históricos de alguma forma ligados ao caminho-de-ferro. O rei D. Carlos é assassinado quando regressava de combio de Vila Viçosa. Sidónio Pais é morto na Estação do Rossio. Por via férrea as tropas republicanas vão combater as milícias realistas de Paiva Couceiro, Bernardino Machado segue para o exílio e a Braga regressam as tropas que fizeram o 28 de Maio. De comboio chegou Salazar a Lisboa para ser ministro. De comboio irá a Espanha, na sua única deslocação ao estrangeiro, enquanto presidente do Conselho. E de comboio voltou definitivamente para Santa Comba Dão…
“Durante a campanha eleitoral de 1958, Humberto Delgado com o seu «Comboio da Liberdade» fará tremer o Estado Novo. Após vários anos em Paris Mário Soares e muitos outros exilados regressam em 1974, a Lisboa a bordo do ‘Sud-Express’.
“Este livro foi concebido a pensar em todos os que, mesmo não tendo um interesse particular pelos comboios enquanto máquinas (…) gostam de viajar neles e acham curiosas velhas histórias de viagens sobre carris, umas feitas e outras sonhadas. Ou seja, quase toda a gente! (…)”.
Edição executada com grande apuro gráfico, com inúmeras reproduções fotográficas e impressa em bom e muito encorpado papel.
Boa encadernação inteira em tela azul, com sobrecapa ilustrada.