ROIG (Adrien).— LA COMÉDIE DE BRISTO OU L`ENTREMETTEUR. (Comédia do Fanchono ou de Bisto). D`António Ferreira (1562). Etude et analyse lexicale Edition critique et traduction. Press Universitaires de France. Paris. 1973. In.-4.º de 555-V págs. B.
“Adrien Roig, que dirige actualmente o Instituto de Estudos Portugueses e Brasileiros da Universidade de Paul Valéry, em Montpellier, investigador probo e minucioso, consagrou-se ao estudo do nosso poeta e dramaturgo António Ferreira. Pode dizer-se que o autor dos ‘Poemas Lusitanos’ encontrou em Adrien Roig um cuidadoso biógrafo e, sobretudo, exegeta da sua obra, mal conhecida e um tanto esquecida dos leitores portugueses. Publicou sucessivamente ‘Recherches sur la «Castro» d’ António Ferreira; António Ferreira. Études sur sa vie et son oeuvre; La Tragédie «Castro» d’ António Ferreira’. Agora, acaba de nos oferecer uma edição crítica e uma tradução em francês da ‘Bristo’, a que deu o título de ‘La Comédie de Bristo ou l’ Entremetteur, d’ António Ferreira (1562). […].
“Assim, uma das mais curiosas peças do repertório do teatro português quinhentista pode ser lida e divulgada em língua francesa por intermédio duma edição crítica bem elaborada. (…).
“A ‘Bristo’ ten sido acusada, e justamente, segundo nos parece, de não situar a acção num ambiente caracterizado, de lhe faltar cor local, de não reproduzir uma época determinada, Adrien Roig rebate um tanto esta opinião: procura demonstrar que a acção da comédia parece desenrolar-se em terra portuguesa, não faltando sequer alusões à aventura da Índia… Apesar da muito boa vontade do exegeta, não julgo fundamentadas as suas asserções. […].
“O trabalho do Prof. Adren Roig foi verdadeiramente exaustivo. Se, por vezes, não conseguiu traduzir perfeitamente alguns dos nossos idiotismos, soube analisar a peça de Ferreira sob todos os aspectos: bibliográfico, filológico, histórico e literário.”. [Recensão crítica a ‘La Comédie de Bristo ou l’entremetteur, d’António Ferreira (1562)’, de Adrien Roig]" / Ávila de Azevedo. In: Revista Colóquio/Letras. Recensões Críticas, n.º 24, Mar. 1975, p. 92.]