COMPÊNDIO DA VIDA E FEITOS DE JOSÉ BÁLSAMO. Livraria Chardron, de Lélo & Irmão, L,da, edit. (…). [Porto. S. d.] In-8.º de 192 págs. E.
No ‘Prefacio do Editor’ vem reproduzido o artigo «José Balsamo em Lisboa» que Camilo havia primitivamente publicado num periódico portuense. Deste prefácio transcrevemos: “Torna a gozar a antiga estimação ‘José Bálsamo’ romantizado nas ‘Memórias de um Médico’, um dos muitissimos romances sempre novos, sempre admiráveis de Alexandre Dumas.
“Publicando a verdadeira vida de José Bálsamo, ou conde de Cagliostro, antepomos-lhe uma notícia que Camilo Castelo Branco escreveu em um periódico literário àcêrca dêste mesmo livro publicado em espanhol no princípio deste século. As reflexões escritas a respeito da tradução espanhola, teem aplicação à versão portuguesa que hoje publicamos. José Bálsamo, o cavalheiro industrioso que tanto moveu o espanto dos povos e a curiosidade dos sábios, acha-se neste livro reduzido ás suas naturais e legítimas dimensões. Aí está o home despido dos artifícios da fantasia romanesca, apagado do prestígio com que os novelistas o mascararam. É êle, tal e qual, como saíu apurado dos processos para entrar na cadeia a cumprir sentença de prisão perpétua. Sentimos que êste livro vá desfazer as ilusões que o imaginoso romancista francês incutiu no espírito dos ledores das ‘Memórias de um médico’, reeditadas na imprensa portuguesa; não é desacêrto, porém, que ao passo que os romancistas nos mimoseiam com os seus carapetões, os historiadores nos vão ensinando a verdadeira estatura dos homens vulgares, que a fantasia doutros aumenta em estatura fabulosas. (…)”.
Conforme se pode ler na capa da brochura, esta tradução do italiano foi feita por A. Sanches.
Volume integrado na estimada «Colecção Lusitânia». No final, juntou o editor a este volume a tradução de ‘Mata-a ou ela te matará’ tradução que se supunha ser de Camilo, mas que na verdade é de Alberto Pimentel que, sob o pseudónimo ‘Gervásio Lopes Canavarro’ assinou a tradução.
Encadernação editorial. Conserva a respectiva sobrecapa, ilustrada com uma aguarela assinada apenas com as iniciais de ‘Alberto de Sousa’.