LIMA (Fernando de Castro Pires de).— A CONDESSINHA DE ARAGÃO. (Universalidade dum jogo infantil). Prefácio de Raffaele Corso. Portucalense Editora. 1957. [Porto]. In-4.º de 247-I págs. B.
“Estimado e estimável pelas suas valiosas e complexas actividades, o Dr. Fernando de Castro Pires de Lima é muito conhecido, na sua Pátria e fora dela, pelas suas publicações folclóricas, das quais a mais recente, ‘A Nau Catrineta’ tem um prólogo de D. Ramón Menéndez Pidal e um prefácio do Prof. Dr. Damião Peres, (…).
“Depois (…) preparou outra obra sobre o jogo da Condessa de Aragão, acompanhando-o, no complexo das suas variantes, através da Europa neo-latina e da América hispano-poprtuguesa. As versões recolhidas provêm, em parte, da Península Ibérica, em parte da Itália, e ainda outras da América Latina, com o fim de mostrar a grande difusão desse divertimento infantil e as suas características variáveis de lugar para lugar.
“Não acompanhamos o estudioso no seu caminho, para não repetir, embora sumàriamente, o desenvolvimento das suas investigações; salientamos só que a análise dos textos portugueses e das numerosas variantes que os acompanham levou o ilustre folclorista a formular a hipótese da origem portuguesa desse jogo, sobretudo porque, em muitas versões, a figura central da representação lúdica é a filha do rei de Portugal e nas variantes arcaicas aparece a menção do famoso fio português.
“A ideia, se ulteriores investigações não precisarem qual o acontecimento histórico a que o jogo se reporta, constituirá uma bela e genial hipótese, que esclarece a crítica dos jogos e das canções épico-líricas populares. (…).
Capa da brochura bastante manchada pela acidez.