Contes Nouveaux

Edição original de grande raridade e uma das primeiras obras de Nerciat. Dedicada ao Príncipe de Ligne, Charles-Joseph Lamoral com quem compartilhou o gosto pela literatura e dos prazeres durante a sua estadia e protecção na Flandres.
Como toda a Obra literária do autor, de índole ou carácter libertino, canta em versos eruditos um conjunto de cenas que ilustram a vida dos prazeres e amores simples. [Table: Epitre Dedicatoire; Prologue; La Veilée des Procureurs; Le Jeu d’Hymen; La Rancune Posthume; Les Amours modernes; Le Superflu de Régime; La Duchesse; Les Preuves sans replique; L’Ame en peine; L’Incertitude, & la Barbe; L’Oracle imaginaire; Le Manchot; Les Bas; Cephise, Elégie; Le Souhait; Vérité, la Femme accomplie.
Conforme lembra Nerciat na dedicatória a este livro, também o Príncipe de Ligne publicou ‘Follets’ que sob anonimato e confidência foram publicados na sua impressão particular instalada no ‘Château de Belœil”.
Na importante bibliografia da especialidade «L’Enfer de la Bibliothèque Nationale» [Edição MCMXIX] de Guillaume Apollinaire, F. Fleuret e L. Perceau, apenas ficou registada com detalhe bibliográfico a edição de 1867, “précédés d’une notice bio-bibliographique, ornés d’un portrait inédit de l’auteur”, “Tirage à petit nombre”.
“Destruction ordonée comme contenant des outrages à la morale publique et religieuse, ainsi qu’aux bonnes mœurs, par Jugement du Tribunal de Lille, en date du 6 mai 1868 (inséré ao ‘Moniteur’ du 19 septembre suivant, affaire contre Duquesne). (…) L’édition originale des ‘Contes nouveaux’ avait paru en 1777, à Liége, et sans doute aux dépens du libraire Desœr.”.
Cremos que justicada pela grande raridade da edição ‘princeps’, também Barbier [Dictionnaires des Ouvrages Anonymes] ou Vicaire [Manuel de l’Amateur de Livres du XIXe Siécle] são parcos na descrição da mesma, não deixando no entanto de descrever a edição de 1867.

Capas da brochura em papel pintado, da época, com rasgões junto à lombada. Com as margens intactas.