O // DIABO COM BOTAS, // E // O BORBOLETA: // O BORBOLETA ARRENEGADO // CONTRA // O BICHO CONTA; // E // O DIABO COM BOTAS A CONSOLAL-O: // OU // DIALOGO // ENTRE DOUS AMIGOS, // O BORBOLETA, E O DIABO COM BOTAS. // [vinheta] // COIMBRA, // NA IMPRENSA DA UNIVERSIDADE. // [vinheta] // 1822. In-8.º gr. de 23-I págs. Desenc.
Muito curioso e raro folheto anónimo, também publicado em 1822 na oficina lisboeta de João Nunes Esteves. Mais tarde no Porto em 1852 e 1861.
A propósito desta polémica recordamos o opúsculo ‘O Bicho Conta, em duelo com a Borboleta ou deste modo Azemel dos Frades do Carmo despicando seus amos’, dado à imprensa a propósito de um “facto acontecido entre os Padres do Carmo no dia 14 de Outubro”, também divulgado num papel intitulado ‘Borboleta’, facto que “Anda, com muita magoa de todos os Christãos, espalhado pela Cidade”.
Do texto do opúsculo que procuramos contextualizar extraímos: “Pois tu não sabes, meu querido diabo com botas, que me veio á mão um folheto impresso; e quando eu peguei nelle, logo me lembrei se sería algum papel, que eu reimprimisse na minha Officina, para haver de ganhar algum vintemzinho, de que tanto necessito para remedear a fome; (…) e vai senão quando, vou a lêr o tal folheto, e encaro logo com um bruto insecto Bicho Conta, ou Azemel de Frades: continúo a lêr, e vejo que o tal papel tudo o que continha era uma grande malha, uma grande cossa, uma grande sova, uma grande tunda, uma grande cassoada, uma grandíssima toza mestra sobre o pobre miseravel Borboleta! (…)”.
Capa da brochura manchada.