DICIONÁRIO DA LÍNGUA PORTUGUESA CONTEMPORÂNEA DA ACADEMIA DAS CIÊNCIAS DE LISBOA, uma realização da Academia das Ciências de Lisboa e da Fundação Calouste Gulbenkian. Verbo. [Academia das Ciências de Lisboa e Editorial Verbo, 2001]. 2 vols. In-4.º gr. de LXIII-1846-IV e V I-1847 a 3809-III págs. E.
É o mais recente e o mais importante Dicionáriao da Língua Portuguesa, elaborado no Instituto de Lexicologia e Lexicografia da Academia das Ciências de Lisboa com o apoio do Ministério da Educação e do Instituto Camões. Textos preliminares de Eça de Queirós, Carlos Drummond de Andrade e Mia Couto, e deste, que tanto tem enriquecido a língua portuguesa, reproduzimos a sua saborosa contribuição: “Venho brincar aqui no Português, a língua. Essa que dá gosto a gente namorar e que nos faz a nós, moçambicanos, ficarmos mais Moçambique. (…) A língua que eu quero é essa que perde função e se torna carícia. O que me apronta é o gosto da palavra, o mesmo que a asa sente aquando o voo. Meu desejo é desalisar a linguagem, colocando nela as quantas dimensões da Vida. E quantas são? Se a vida tem é idimensões. Assim, embarco nesse gozo de ver como escrita e o mundo mutuamente se desobedecem. Meu anjo da guarda, felizmente, nunca me guardou.”
Prefácio de José Vitorino de Pina Martins, que, historiando as primeiras tentativas da Academia das Ciências de Lisboa para publicar um grande dicionário da Língua Portuguesa, diz a certo ponto: “(…) as 33000 abonações linguístico-literárias de escritores contemporâneos – portugueses, brasileiros e africanos de expressão portuguesa – convertem este dicionário num valioso instrumento lexicológico e lexicográfico. Se a língua é formada pelos seus falantes, são os seus grandes escritores que fixam a ortodoxia lexical e sintáctica.
“Embora o projecto do novo Dicionário tenha começado a realizar-se apenas em 1988, a sua concretização deve-se também aos professores Jacinto do Prado Coelho e Luís Filipe Lindley Cintra (primeiro presidente do Instituto de Lexicologia e Lexicografia), os quais contribuíram validamente para a modernização do Dicionário da letra «A» publicado pela Academia em 1976."
Instrumento de trabalho verdadeiramente imprescindível pela sua dimensão, actualização e modernidade trazida pela integração de um enormíssimo número de palavras até então ausentes dos nossos melhores dicionários.
Edição cuidada, em finíssimo papel e revestida de encadernações editoriais gravadas a seco, branco e ouro. Conserva a caixa-estojo editorial.