DÓ-RÉ-MI. Semanário ilustrado, humoristico-piadista-larachista. Proprietário – Director Francisco da Silva Pereira. Editor – Artur Correia Azeredo. Redacção e administração – Campo dos Mártires da Pátria, 145 – Porto. Tipografia Souza & C.ª. Litografia Moderna. Porto. N.º 1 — 1.º Ano, Domingo 8 de Novembro de 1914. In-fólio de 8 págs. com 24,5×36 cm. B.
Publicação humorística bastante invulgar, cremos que apenas com um número publicado, dada à imprensa no Porto poucos meses após o início da Primeira Guerra Mundial. No texto de apresentação afirmam os seus dirigentes que “Os piadistas dirigentes cá-da-casa, sabendo de sobra que é costume, nesta respeitável terra das tripas, duvidar de tudo e do que está para nascer — (não se zanguem, porque nós sabemos que há exceoções, e… teem falido tantas empresas!), — querendo fugir à praxe e apresentar “solfa arte-nova”, declaram, a todos os ínclitos e não ínclitos lusitanos, que não aceitam, seja da Europa ou de qualquer das outras quatro partes do mundo, assinaturas para o conhecido peditório do pagamento adiantado!
“A todas as pessoas, amigas e não amigas, conhecidas e desconhecidas, a quem mandarmos o ‘Dó-Ré-Mi’, quer seja pelo correio, quer por mão próprias. — porque não pode ser só por mão. — considerá-las hêmos nossos assinantes, desde que nos avisem por postal, — se fôr ilustrado é muito mais bonito e prometemos fazer colecção. (…)”.
Publicação ilustrada com curiosas caricaturas de Manuel Monterroso, Peralta e C. Branco que acompanham textos de Arnaldo Godart, Roque Veríssimo, Arnaldo Leite e Carvalho Barbosa e outros.
Opúsculo ilustrado na capa da frente com um busto da República e nas páginas centrais, com dois desenhos a cores de ‘Peralta’ intitulados «O Banquete das Nações», na capa posterior, também a cores, vem impresso outro desenho do mesmo humorista acompanhado de uma legenda: “… Eu sei muita cousa e queria dizê-lo, mas êles não deixam!… (…)”.
Embora sem qualquer referência bibliográfica respeitante a esta publicação, cremos que só foi publicado este número inaugural.