LEITÂO (Sátiro Mariano).— DUAS PALAVRAS // ÁCERCA DA CARTA // DE // ‘JOSÉ FIDELIS DA BOA MORTE. [no fim: PLYMOUTH: // NA IMPRENSA DE LAWE CO. 15, WHIMPLE-STREET. // (…) 1829. (…). In-8.º de 12 págs. Desenc.
Violento e muito raro opúsculo, de resposta á «Carta de José Fidelis da Boa Morte a seu Compadre e Amigo José da Véstia àcerca de uma Carta de certo voluntário ou forçado Académico» [Nettleton, Printeb [sic], Plymouth. 1828 ?], que apesar de publicada sem o nome do autor é hoje atribuída a António Pereira dos Reis.
Diz Satyro Mariano Leitão: “LOGO que appareceu á luz do dia a minha carta, na qual eu fallei de certos comportamentos, que havia tido o Ex-Chefe deste Deposito, ou comigo em particular, ou com os meus companheiros d’armas (os Voluntarios) em geral; se-notou que ella havia desagradado a certa classe de pessoas (…).
“No entanto dizem que a ‘auri sacra fames’ fôra quem impellira o autor da Carta de José Fidelis a escrever contra a minha. (…).
“e o A. naõ ignora que em Portugal se-chamaõ homens de quesilia a homens de ‘corcunda; e quem sabe se o A. o-é? Appareceu aqui ao lavar dos cestos, e só quando soube que em PLymouth havia lambédina; porem que fez no intervallo, que decorreu desde a heroica resolução de 17 de Maio até agora? Diz muita gente que não fez escrúpulo algum de servir o tyranno; que fez naõ poucos decretos de proscripção; e que só quando o demittiram, isto é, quando lhe-titaram a papança, é que se resolveu a vir até Inglaterra. (…)”
Diz Inocêncio que Mariano Leitão, enquanto estudante em Coimbra, “por se haver alistado no batalhão académico, teve de emigrar em 1828, fazendo parte das forças constitucionaes entradas na Galiza.” Com interesse para a história das Guerras Liberais.
Com pequenos rasgões na margem esquerda do documento.