SILVA (Manuel Teles da) [1727-1789].— ELOGÎO // FUNEBRE // DO PADRE // D. JOZE’ BARBOSA, // CLERIGO REGULAR. // 'CHRONISTA DA SERENISSIMA CASA DE // Bragança, Academico, e Censor da Academia Real // da Historia Portugueza'. // RECITADO // Na mesma Academia em 13 de Agosto de 1751. // PELO // ILLMO E EXMO CONDE DE VILLAR-MAYOR // MANOEL TELLES // DA SYLVA // 'Do Conselho de S. Magestade, e Academico // do Numero da dita Academia'. // [ornamento tipográfico] // LISBOA: // Na Officina de IGNACIO RODRIGUES. // ——— // ANNO MDCCLI. // ‘Com as licenças necessarias.’ // In-4.º peq. de XIV-21-[I] págs. E.
Elogio fúnebre de D. José Barbosa, autor do célebre «Catalogo Chronologico, Historico, Genealogico e Critico das Rainhas de Portugal» e de muitas outras obras de significativa importância.
Segundo apuramos na «Grande Enciclopédia Portuguesa e Brasileira», D. José Barbosa, “Orador sagrado, clérigo regular teatino, erudito, cronista-mor da Casa de Bragança, académico da Academia Real da História Portuguesa, n. em Lisboa a 23-XI-1674, m. a 6-IV-1750. Era irmão mais velho dos escritores Diogo e Inácio de Barbosa Machado. Depois duma puerícia bastante atormentada por doença, estudou latim e retórica no colégio de Santo Antão, dos jesuitas. Os seus mestres empenhavam-se em que professasse na Companhia, ao que êle resistiu, vindo a entrar, por conselho do Padre Bartolomeu do Quental, na ordem teatina. […]. Terminados os estudos teológicos, dedicou-se à oratória sagrada, em que adquiriu grande fama, depois de se haver estreado em 1702. Quando, a 10-XI-1713, prègou perante D. João V […], de tal maneira agradou ao monarca, que logo êste o nomeou cronista-mor da Casa de Bragança, com um importante vencimento. Foi um dos primeiros cinqüenta sócios da Academia Real da História, e nesta escolhido para escrever as ‘Memórias históricas do Conde D. Henrique’ e de seu filho D. Afonso Henriques, obra que chegou a concluir e a apresentar à Academia, mas que nunca se publicou. Apaixonado bibliófilo, reüniu uma importante livraria, que legou à sua comunidade religiosa e que mais tarde (1797) os clérigos passaram ao Estado […]. Formaram êsses livros uma parte importante do fundo com que se constituíu, no dito ano de 1797, a Biblioteca Nacional de Lisboa. […].”
Bem executada encadernação em imitação de pele, com o título a ouro na lombada. Insignificantes restauros de traça no pé de algumas folhas.