ESTATUTOS // DOS // MERCADORES // DE RETALHO. // [gravura com as armas reais de Portugal ladeadas por duas figuras alegóricas] // LISBOA, // Na Officina de MIGUEL RODRIGUES, // Impressor do Eminentissimo Senhor Cardeal Patriarca. // M.DCC.LVII. In-4.º gr. de II-14-X págs. Desenc.
Interesantíssima publicação, com interesse para a história do comércio de têxteis na cidade de Lisboa na época Pombalina.
“Os Mercadores, que negoceavaõ em vender a Retalho por covados, e varas, todas as fazendas de seda, e lãa, nos sitios da Rua-Nova dos Ferros, Conceição Velha, e Rua dos Escudeiros; os que vendiaõ as fazendas brancas de linho, algodaõ, e outras, que se fabricaõ de varias Ervas, no seu Arruamento chamado da Fancaria; os que vendiaõ varios generos nas lojas que havia no Pateo chamado da Capella; e nas Tendas da Campaînha, debaixo dos Arcos do Rocio, e Portas da Misericordia; e os que vendiaõ retroz, seda froxa, e mais aparelhos para vestidos, que tinhaõ nas suas lojas na Rua-Nova, e Rua dos Escudeiros; tendo-lhes V. Magestade feito a mercê, por impulso da sua Real grandeza, e piedade, de lhes conceder, que pudessem propôr os Estatutos para se regerem, e se evitar a desordem, e confusaõ, em que até agora tem vivido, sem methodo, ou direcçaõ, de que se lhes tem seguido, e ao Bem Commum deste Reyno os grandes prejuizos, que já representáraõ a V. Magestade, prostrados agora aos Reaes pés de V. Magestade, offerecem os Estatutos […]”.
Seguem-se aos «Estatutos dos Mercadores de Retalho», uma «Pauta dos Generos pertencentes a cada huma das Classes dos Mercadores, comprehendidas nestes Estatutos»; o respectivo Alvará de confirmação dos Estatutos [Dado em Belem, aos 16 dias do mez de Dezembro de 1757] e uma "Relaçaõ das pessoas, que Sua Magestade foy servido nomear para fundarem a Mesa do Bem-Commum dos Mercadores de Retalho".
Com uma ténue mancha de água.