DIAS (Carlos Malheiro).— EXORTAÇÃO À MOCIDADE. MCMXXIV. Litografia Nacional. Porto. In-4.º gr. de VIII-32 págs. B.
"Texto integral da alocução que deveria ter sido proferida na Sala dos Capêlos da Universidade de Coimbra, no dia 11 de Maio de 1924, e que nesse mesmo dia o autor leu aos pássaros e às árvores, da varanda de Pilatos, no êrmo do Bussaco".
“ (…) propus-me a dirigir uma exortação patriótica à Mocidade, na presunção sentimental de que o meu patriotismo, pôsto à prova em dez anos de exílio, oficialmente reconhecido e galardoado pelos governos da República, frequënte e generosamente exaltado pelos meus adversários políticos, obteria o acatamento que impõe o amor da Pátria a quem nunca com êle especulou, e me emprestaria o prestígio, ainda que momentâneo, para honrar convite tão dignificante.
“Todavia, nas vésperas do dia designado para o meu comparecimento na Universidade, um jornal de Coimbra, sentinela da intolerância, chamava às armas, em nome da Liberdade, a falange fanática de sequazes, ameaçando de desacato a mais alta representação nacional da inteligência e da cultura, exprobando ao Senado universitário a complacência com que dava acesso à tribuna da Sala dos Capêlos a um reaccionário… cujos avós expuseram a vida e se arruinaram nas lutas contra o Absolutismo. (…)”
Primeira edição, invulgar.
COM AMISTOSA DEDICATÓRIA DO AUTOR A LUIZ DE MAGALHÃES.