UM MEDICO DO MARANHÃO [Pseud. de REGO (António do].— A FEBRE AMARELLA. SUA HISTORIA E TRATAMENTO, AO ALCANCE DE TODAS AS CLASSES DA SOCIEDADE POR… PORTO: Typ. de J. Lourenço de Sousa, ‘Rua do Bonjardim, n.º 649- 1851. In-8.º de 16 págs. Desenc.
“Está ou não está a cidade da Virgem invadida por essa medonha furia, denominada a ‘febre amarella? — Eis a pergunta, que todos fazem, e a que uns respondem negativa e outros affirmativamente.
“Como quer que seja, julgamos fazer um bom serviço aos nossos compatriotas, transcrevendo para aqui do ‘Progresso’, periodico do Maranhão, a historia, os symptomas, as predisposições, as causas e o tratamento de tão horrivel flagello.
“O author d’este util escripto é o snr. Antonio Rego, bacharel formado em medicina, e um dos que, no Maranhão, curam pelo methodo hemeopathico. — É sabido que este methodo de curar ainda não está introduzido entre nós, apesar dos esforços, que o snr. Dr. Proença e alguns facultativos lisbonenses teem feito para o tornar conhecido. […]”
Sacramento Blake, no «Diccionario Bibliographico Brazileiro» diz que o autor foi “Filho do antigo cirurgião do exercito portuguez Antonio Rego, que se estabelecera no Maranhão, para onde fôra nomeado physico-môr em 1819, nasceu na capital desta provincia a 14 de agosto de 1820.
“Seguindo a profissão de seu pae, bacharelou-se em medicina na universidade de Coimbra, e deu-se ao exercicio clinico em sua provincia, sendo o primeiro que abraçou ahi o systema de Hahnemann, quando foi elle divulgado no imperio; foi por diversas deputado á assembleia provincial, vereador da camara municipal de S. Luiz, e um dos fundadores do instituto litterario maranhense. Encomodos graves, porém, de sua saude o decidiram a retirar-se para lisboa em 1869, e ahi fixou sua residencia com sua familia por muitos annos. […]”.
Opúsculo bastante raro, não registado nos ‘dicionários bibliográficos’ de Sacramento Blake ou de Inocêncio. Francisco da Silva.