AZEREDO (Guilhermina de).— FEITIÇOS. Contos. Parceria António Maria Pereira. Lisboa. 1935. [Tipografia Artes & Letras. Porto]. In-8.º gr. de 221-[I]- V-[III] págs. B.
“Foi Ana de Castro Osório quem descobriu Guilhermina de Azeredo, que ninguém conhecia e que não se conhecia mesmo a si própria. Percebeu, quási adivinhou o seu talento, e, animadora como era de todos os valores ignorados, incitou-a persistentemente a escrever um livro. Guilhermina de Azeredo, tendo vivido em África ao lado dum marido inteligente, animada por êste e com a sua própria inteligência observou e compreendeu a alma dos negros. . (…) os contos que formam êste volume descem mais fundo na alma dos negros que tudo quanto os homens portugueses têm escrito até hoje sôbre a África. Por isso os «Feitiços» hão de ficar, não só como a revelação dum autêntico talento literário, mas como um documento humano de grande valor até para os estudiosos. Muito encontrarão os etnógrafos e os folcloristas, investigadores da mentalidade do africano, nesta páginas escritas sem pretensões científicas mas observadas com seguro critério durante uma permanência longa em Angola, na região de Benguela. (…).” [Do prefácio de José Osório de Castro].
Primeiro livro da autora, premiado no Concurso de Literatura Colonial.
Guilhermina Agnião de Azeredo, natural de S. Mamede de Infesta [Porto], colaborou na imprensa da época, especialmente no «Diário de Coimbra», «Eva», «Portugal Feminino», «Mundo Português» e «Magazine Bertrand».
Com ténues vestígios de humidade no canto inferior direito.