ALBUQUERQUE (Luís da Silva Mousinho de).— GEORGICAS // PORTUGUEZAS, // (…) // POR // LUIZ DA SILVA MOZINHO DE ALBUQUERQUE, // DEDICADAS // A SUA MULHER // D. ANNA MASCARENHAS DE ATAIDE. // (…) // PARÎS, // NA OFFICINA DE BOBÉE, RUA DA TABLETTERIE, N.º 9. // ~~// 1820. In-8.º de IV-211-[I] págs. E.
Cuidada edição impressa em Paris por A. Bobée, impressor dos «Annaes das Sciencias, das Artes e das Letras», a quem o autor decidiu remeter o ‘Poema’, “deixando ao entender delles a sua publicação (…)”. Assim os seus redactores, “(…) julgárão não poder melhor corresponder á franqueza, modestia e ingenuidade do Autor, do que publicando por meio do prelo o ditto Poema; no que lhes parece fazerem á Nação hum prezente, á agricultura hum serviço, e ao Autor huma justiça (…)”
Sobre o ‘Poema’, diz Almeida Garrett no texto introdutório do ‘Parnaso Lusitano’: “(…) As Georgicas do Snr. Mozinho d’Albuquerque fizeram a reputação poetica de seu benemerito auctor. Alguns lhe acharam demaziada erudição, e queriam mais poesia e menos sciencia. Eu por mim tomarei a confiança de pedir ao illustre poeta, em nome da litteratura portugueza, que na segunda edição de sua tam util obra não desdenhe de approveitar os muitos e riquissimos ornatos que habilmente póde tirar de nossas festas ruraes, de nossas usanças (como feiras, serões, desfolhas, etc.), das descripções de nosso formoso paiz; com que decerto fará mais nacional e interessante seu estimavel poema. (…)”.
No final, o ‘Poema’, vem acompanhado de curiosíssimas ‘Notas’ que “poderão servir para acclarar alguns termos technicos, e algumas passagens, que não estiverem ao alcance de todo o leitor (…). Nas Notas botanicas, copiei, quanto me foi possivel, o nosso illustre compatriota FELIX AVELLAR BROTERO (…)”.
Encadernação inteira de pele, da época, com ferros dourados na lombada e com as pastas marginadas também a ouro. Encadernação com alguns pequenos defeitos que não comprometem a solidez do volume e com uma pequena mancha no canto superior direito das primeiras folhas.