BARBUDA (António Innocencio).— HISTORIA // DE // ANFRIZO, // E RETILIA. // (…) // LISBOA, // MA TYPOGRAFIA ROLLANDIANNA. // 1819. // ‘Com Licença da Meza do Desem- // bargo do Paço. // —— // Vende-se em Casa do Editor F. B. O. de M. // Mechas, no Largo do Caes de Sodré, N. 3 A.’ In-8.º peq. de 26-[IV] págs. B.
Uma das curiosas e hoje invulgares publicações de Francisco Baptista Oliveira de Mesquita, ‘o Mechas’, Beirão de pobres origens que, conforme diz Innocêncio, foi “para Lisboa procurar fortuna pelos annos de 1804. O seu primeiro negocio foi o trafico das ‘mechas’, de que hoje poucos leitores do ‘Dicc.’ podem fazer idéa, mas que era pouco mais ou menos comparavel ao que tem sido modernamente o dos ‘phosphoros’. (…) Como fosse ladino e muito esperto, conseguiu náquella especie de industria lucros que em breve o habilitaram para estabelecer-se com uma casa de compra e venda de livros novos e usados, a qual teve em Lisboa por alguns annos, (…), estendendo e generalisando o seu commercio até ás provincias ultramarinas. (…) Tendo-se mostrado no período constitucional de 1820 a 1823 affeiçoado ás doutrinas liberaes, creio que d’ahi lhe proveiu tal ou qual perseguição, que o obrigou a largar o trafico, e não sei se a homisiar-se ou a emigrar.
Sobre o Poeta ‘Barbuda’ diz Innocêncio Francisco da Silva no ‘Dicionário Bibliográfico’ que foi “contempoaneo do Saunier (…), de cuja eschola parece haver sido distincto alumno. Das suas circumstancias pessoaes nada sei, nem me importou averigual-as. Entendi que os seus versos e prosas não valiam a pena de occupar com a descripção delles meia pagina do ‘Diccionario.’ (…)”.
De págs. 21 até ao final apresenta um extenso e muito interessante «Catálogo de alguns Livros que ha para vender brochados em Casa do Editor F. B. O. de M. Mechas, Mercador de Livros no Largo do Caes do Sodré, N. 3. A.»
Exemplar estimado e por abrir.