MACHADO (Júlio César).— HISTORIAS PARA GENTE MOÇA. Lisboa. José Maria Corrêa Seabra – Editor. 1863. In-8.º de VI-II-231-I págs. B.
Invulgar livro de contos infanto-juvenis, deste autor contemporâneo e próximo de Camilo Castelo Branco, Eça de Queiroz e Alberto Pimentel, de grande apreço e audiência no seu tempo.
Tendo-se destacado principalmente como cronista e folhetinista, da sua biografia podemos ler no ‘Dicionário Bibliográfico Portuguez’ que foi “nascido em Lisboa no 1.º de Outubro de 1835. Levado aos tres annos d’edade para uma casa de campo, pertencente á sua familia, situada nas proximidades de Obidos, oltou para Lisboa em 1844 a fim de seguir os estudos necessarios para a profissão de medicina a que seu pae o destinava. A morte d’este, ocorrida em 1851, justamente na occasião em que terminava os preparatorios, deixando-o sem protecção nem patrimonio, obrigou-o a procurar desde logo recursos para manter-se. Sentindo-se com vocação para as letras, incetou as primeiras tentativas, publicando varios artigos em diversas folhas periodicas, taes como ‘A Lei’, ‘Ecco das Provincias’, ‘Ecco Litterario, ‘Doze de Agosto’, ‘Revista Universal Lisbonense’, etc (…)” [Vol. V, 160] e continua:
“É desde muitos annos secretario do instituto commercial e industrial de Lisboa, socio correspondente da academia real das sciencias de Lisboa, e de outras corporações. Tem collaborado em quasi todo os periodicos litterarios portuguezes e alguns brazileiros do seu tempo; e publica desde 1872 um folhetim quinzenalmente no ‘Diario de noticias’, de Lisboa, ora humoristico, ora critico, ora commemorativo e apologetico; e outro desde 1880 no ‘Jornal do commercio’, do Rio de Janeiro.” [Vol. XIII, 255]
Conserva as frágeis capas da brochura, com manchas de humidade na parte inferior do volume.