ALVARES DO ORIENTE (Fernão).— LVSITANIA // TRANSFORMADA // COMPOSTA // POR // FERNÃO D’ALVARES DO ORIENTE, // DIRIGIDA // AO ILLVSTRISSIMO // E MVI EXCELLENTE SENHOR // D. MIGVEL DE MENEZES, // ‘Marquez de Villa Real, Conde de Alcoutim // e de Valença, Senhor de Almeida, Capi- // tão Mór e Governador de Ceita’. // … // [brasão com as armas de Portugal] // LISBOA // NA REGIA OFFICINA TYPOGRAFICA. // Anno M.DCC.LXXXI. // ‘Com Licença da Real Meza Censoria.’ In-8.º de XVI-555-I págs. E.
Diz António Cirurgião no importante estudo introdutório publicado na edição de 1985 [Imprensa Nacional – Casa da Moeda]: “ (…) a ‘Lusitânia Transformada’ é digna das atenções dos especialistas. já pela forma, já pelo conteúdo. Para os que se interessam pelo espírito de ‘mesura’, decoro e harmonia que caracterizam a literatura maneirista, e pelo estudo da evolução das formas poéticas durante o século XVI, em Portugal, a ‘Lusitânis Transformada’ oferece material altamente qualificado, desde os metros utilizados às peculiaridades que os distinguem da prática de outros poetas contemporâneos (…).
“Para os que, numa obra literária, se interessam mais pela ideologia que ela encerra, a ‘Lusitânia Transformada’ pode servir como prova da reacção de um poeta a uma série de problemas culturais, politicos, sociais e religiosos que parece terem caracterizado uma das épocas mais tristes e mais trágicas da história de Portugal: a corrupção dos responsáveis pela manutenção do grande império ultramarino português, a catástrofe de Alcacer-Quibir, o drama da dominação espanhola e a angústia dos que, como Fernão Álvares, se viram forçados a viver as consequências de tão dolorosos acontecimentos. (…)”
Segunda edição, dada à imprensa pela Academia Real das Ciências de Lisboa, sob a responsabilidade do padre Joaquim de Foyos. (…).
Edição revista e acrescentada de um «Indice de varias palavras e frases da Lusitânia Transformada», de um texto de «Prefacção» e de um «Aviso ao Leitor» de onde transcrevemos: “(…) O Indice da Lusitania Transformada, que se segue, contém palavras e expressões, ou singulares, ou raras, ou já pouco usadas, ou finalmente as que me parecêrão incluir alguma elegancia particular da nossa Lingua, e de que se pudessem aproveitar os estudiosos e apaixonados della. (…) Na lição do mesmo Auctor satisfaráõ a sua fome os que gostão desta forte [sic] de manjar, de que o indices ó póde dar huma pequena prova. (…).”
Entre as págs. 180 e 181 com uma folha desdobrável, marginada por pequenas vinhetas tipográficas que fazem moldura a um poema de 25 estrofes ou quintilhas, intitulada «LABERINTO».
Encadernação da época inteira de pele. Com o corte das folhas marmoreado. No frontispício com uma assinatura antiga, rasurada e uma pequena mancha de tinta.