SILVA (António da Mota Andrade e).— MEMORIA // APRESENTADA // AO // SOBERANO CONGRESSO // DAS // CORTES GERAES, E EXTRORDINARIAS // DA // NAÇAÕ PORTUGUEZA. // SOBRE O OFFICIO DE SECRETARIO. E MESTRE DE CEREMONIAS DA UNIVERSIDADE // DE COIMBRA // POR // (…) // PEDINDO A RESTITUIÇAÕ DO DITO OFFICIO. // [vinheta decorativa] // LISBOA, NA TYPOGRAPHIA ROLLANDIANA. // 1821. // ‘Com Licença da Commissaõ de Censura’. In-4.º de 12-IV págs. Desenc.
Publicação de grande raridade de que nos não foi possível detectar qualquer registo bibliográfico.
Com interesse para a história dos primeiros anos da Monarquia Constitucional e das Cortes Gerais, Extraordinárias, e Constituintes.
“Entre as muitas Súpplicas, que depois da installaçaõ das Côrtes teraõ Subido á Presença do Augusto Congresso, para se remediarem os males que sentem os opprimidos, e desgraçados, nenhuma certamente se apresentará mais justificada, e digna de attençaõ do que esta, que Antonio da Motta de Andrade e Silva leva á Sua Presença pela usurpaçaõ, e injustiça manifesta, com que Vicente José de Vasconcellos está occupando na Universidade de Coimbra o Officio de Secretario e Mestre das Ceremonias da mesma Universidade, quando este Officio pertence a Antonio da Motta por Mercês repetidas d’El-Rei o Senhor D. João VI., fundadas em Propostas da Universidade, nos Serviços de seus maiores, e em hum direito quasi hereditario, sendo elle Néto do penultimo Proprietario, Sobrinho do ultimo, que morreo sem filhos, e unico Varão existente de toda a familia, á qual o ditto Officio viera por titulo oneroso. (…)
“Sobre tudo o referido, chama Antonio da Motta a attençaõ do Soberano Congresso ao tristissimo estado a que se vê reduzido; com sua pequena casa inteiramente arruinada por effeito de dez annos de guerra contra poderosissimos inimigos, na obrigação de sustentar huma familia composta de sua Mãi Viuva, e cinco Irmãs Donzellas, que seu Pai, Criado, e Fidalgo da Casa d’ElRei criára com decencia.
“Antonio da Motta, chegando ao Rio de Janeiro, soube logo que, tendo o seu adversario conseguido pelos meios expostos a Mercê do seu Officio, naõ era possivel que o Ministro, por cujas mãos tinha corrido, retrocedesse (…)”. As últimas 4 páginas reproduzem documentação de suporte à ‘memória’ apresentada.
