ANDRADE (José Maria Dantas Pereira de).— MEMORIA // ‘Sobre a defensa do Tejo contra forças maritimas’. [LISBOA: NA IMPRESSÃO REGIA. ANNO 1833. // ‘Com Licença.’]. In-8.º de 15-[I] págs. B.
Documento com interesse para bibliografia relativa à Guerra Civil Portuguesa’. De páginas 5 em diante com uma extensa secção de ‘Notas’, no final datada em Lisboa a 12 de Janeiro de 1833, com o seguinte Post-Scriptum:
“Receando-se ataque proximo convirá fazer hum depósito de bocas de fogoáquém do Tejo, e outro além delle, com todas as minuções e carretas respectivas, sacos ou cestões com terra, e os precisos meios de transporte, a fim de com effeito se levar tudo rapidamente aonde for necessario levantar presto alguma bateria provisoria, que contrarie as disposições tomadas pelo inimigo.”
A propósito deste interessante e raríssimo opúsculo, diz Inocêncio nunca o ter visto, fazendo por isso sumário registo.
O autor, natural de Alenquer, nomeado professor do infante D. Pedro Carlos de Bourbon e Bragança em 1897 contava 25 anos. “Em 1897 ou pouco depois partiu para o Brasil, onde foi sucessivamente promovido, até que em 1817 chegou a chefe de esquadra. Em 1819 voltou a Portugal, como conselheiro do Almirantado. Apesar de absolutista foi conselheiro de Estado durante o regime constitucional de 1820 a 1823. Neste ano foi eleito secretário da Academia das Ciências, cargo que desempenhou até 1833. Em 1827 foi nomeado membro da Sociedade Filosófica de Filadélfia. Em 1828 tomou assento na assembléia dos Tres Estados, nos bancos da nobreza, exercendo várias missões por ordem do governo absolutista. Quando em 1831 os constitucionais atingiram o poder, Dantas Pereira emigrou para Inglaterra e depois para França, onde morreu. (…)”. [’in’ Grande Encicl. Port. e Brasil].
Capa da brochura em papel de fantasia, não contemporânea.