PIMENTEL (João Sarmento).— MEMÓRIAS DO CAPITÃO. [Editôra Felman- Rêgo. São Paulo. 1963?]. In-8.º de 312-VIII págs. B.
Segundo Eduardo Lourenço, este livro, pela primeira vez publicado no Brasil em 1963, "Não é romance, não é ensaio, nem a bem dizer crónica, não é nada que de concertado propósito se enderece ao redil bem ordenado. São só Memórias, desfilar de velhos tempos, tempos de um outro tempo que sob a pena do seu evocador cobram sem esforço uma dimensão épica, um halo fabuloso, como se Camilo e o seu sepulto mundo jamais tivessem morrido".
Obra prefaciada por Jorge de Sena que considera esta ‘Memórias’ (…) obra de um grande escritor que há muito se adivinhava nos seus dispersos — é êsse que aí está e me homro de prefaciar: um nobiliário, cheio como os de outrora de episódios trágicos ou grotescos, mas tendo, como êles não podiam ter, séculos de uma coisa estranha ou extravagante, que seria pouco chamarmos Portugal, quando nos cumpre chamar-lhe dignidade portuguêsa. (…)”.
Primeira edição, dada à imprensa no Brasil.
Sarmento Pimentel, Oficial de cavalaria e publicista, “Tomou parte nas campanhas do Sul de Angola em 1915, e foi uma força sob o seu comando que reocupou o posto de Naulila, abandonado pelas nossas tropas (…). Em 1919 o movimento militar que proclamou a Monarquia do Porto, Sarmento Pimentel, que fora promovido a Capitão (…) pôs-se à frente das forças fiéis que restauraram a República naquela cidade (…). Próximo, por motivos ideológicos e de amizade, dos escritores que fundaram, em 1921, a revista SEARA NOVA, Sarmento Pimentel foi um dos membros da sua direcção. Após o movimento de FEvereiro de 1927 contra a situação política criada pelo movimento de 28-V-1926, SArmento Pimentel foi demitido e passou ao exílio. (…)”.
Primeira edição.
Capa e fotos de Fernando Lemos.
VALORIZADO COM DEDICATÓRIA DO AUTOR.