DOMINGUES (Mário).— O MENINO ENTRE GIGANTES. Romance. Prelo. Lisboa. [1960]. In-8.º gr. de 506-II págs. B.
A propósito do autor diz Manuel Ferreira na «Bibliografia das Literaturas Africanas de Expressão Portuguesa»: “Autor de vasta obra de radicação portuguesa, em 1960, com o seu romance ‘Menino entre gigantes’ — cuja acção decorre em Lisboa nos princípios deste século, sendo o herói um mulato —, Mário Domingues volve às suas origens de homem africano.”
“É um romance de facetas inéditas na literatura portuguesa. Tratado de forma a cativar o público apaixonado da leitura (o autor é senhor de um estilo muito peciliar, corrente como a água serena de um rio) este livro encontra-se recheado de subtilezas que, devido à simplicidade da escrita, nos surgem naturais. (…)”.
Mário Domingues, natural da Ilha do Príncipe, filho de mãe angolana e de um português natural de Lisboa, foi enviado com apenas 18 meses para a capital da metrópole onde foi educado pela sua avó paterna e concluíu o curso elementar de comércio no antigo Colégio Francês, em Lisboa. Desde muito cedo, atraído pelo jornalismo e influenciado pelo ideário anarquista, colaborou nos jornais ‘A Batalha’, ‘O Repórter X’, ‘Detective’ e ‘A Comuna’. Fez parte da redação da revista ‘Renovação’ e colaborou na organização do congresso anarquista da União Anarquista Portuguesa. Em1932, fundou e dirigiu com Viana de Almeida a revista ‘África Magazine’.
Em 1970 foi agraciado com o grau de Oficial da Ordem Militar de Sant’Iago da Espada.
Capa da brochura de original conceção gráfica da autoria de António Domingues.