MONITA // SECRETA // PATRVM // SOCIETATIS IESV // ‘NVUN PRIMVM TYPIS EXPRESSA’. // —— // ROMAE // CIC [C INVERIDO] IC CCLXXXII. In-8.º de 72 págs. E.
Obra clássica da literatura de conspiração e violento instrumento de afirmação anti-jesuítica na Europa dos séculos XVII a XX, onde Portugal e o Brasil tiveram papel de particular importância.
Pela primeira vez dado à imprensa na Polónia em 1614, este libelo, reconhecido como falso desde 1615, foi condenado pela Inquisição em Roma e colocado no ‘Index’. Ainda assim, foi frequentemente utilizado ao longo de mais de três séculos em todo o mundo ocidental com o único propósito de difamar e minimizar o impacto e poder da Companhia de Santo Inácio de Loyola.
Texto inicialmente divulgado em cópias manuscritas, foi mais tarde objecto de múltiplas edições. Em Portugal consta a primeira edição de 1820.
Diz Inocêncio que "O P. Claudio Aquaviva, a quem attribuem verdadeira ou falsamente a composição da monita, foi o quarto geral dos jesuitas, succedendo n’esse cargo a S. Francisco de Borja. Nasceu em 1543, e morreu em 1615. Tornou-se notável pela severidade, e pelo modo por que renovou na ordem a disciplina, que a indole mansa e pacifica do seu antecessor deixara relaxar". Constam estas instruções de 17 capítulos onde se estabelecem os métodos a serem adotados para o aumento do poder e influência da Ordem.
Com o o ex-libris ou carimbo de posse de Vieira Pinto, figura excêntrica da cidade do Porto, médico e professor do Instituto Industrial, coleccionador de livros e de outras antiguidades, retratado no «Tripeiro», V série, ano XV, p. 45/46. &