[CARVALHO (Bernardo Teixeira Coutinho Alvares de)].— OBSERVAÇÕES // SOBRE O VOTO, // QUE // DOMINGOS ALVES BRANCO MONIZ // BARRETO, // COMO ELEITOR // DA // PAROCHIA DO SACRAMENTO // DA CORTE // DO // RIO DE JANEIRO // APRESENTOU NO DIA 25 DE DEZEMBRO DE 1821 // NA JUNTA ELEITORAL PARA A INSTALLAÇÃO // DO GOVERNO DESTA PROVINCIA. // ‘Nas quaes se mostra, que semelhante voto he con. // trario ao pacto Social da Nação Portugueza, // e aos Direitos, e Liberdade das Provin- // cias do Brasil,’ // ESCRIPTAS // ROR (sic) HUM AMIGO DA UNIÃO, E DA JUSTIÇA. // [ornato tipográfico] // LISBOA: // NA TYPOGR. DE SIMÃO THADDEO FERREIRA. // [travessão de enfeite] // ANNO DE 1822. In-4.º peq. de 65-[I] págs. Desenc.
Opúsculo bastante raro, com interesse para a história do processo da independência do Brasil. Para além das ‘Observações’ do autor, inclui a transcrição do ‘Voto’ de Domingos Barreto.
Publicação dada à imprensa apenas com as letras iniciais do autor quando este assina uma ‘Carta’ preliminar, datada em Lisboa a 25 de Julho de 1822, que justifica este trabalho.
Segundo Inocêncio, Bernardo Álvares de Carvalho, natural de Basto, formado em Leis pela Universidade Coimbra, chegou ao elevado cargo de Desembargador do Paço na côrte do Rio de Janeiro, onde vivia ainda em 1820. “Nomeado Presidente da alçada que em 1817 foi mandada a Pernambuco para conhecer os reos implicados na revolta desse anno, parece que ahi se comportou deshumanamente, ao que se lê no opusculo ‘Luis do Rego e a posteridade’, do sr. conego dr. Fernandes Pinheiro, onde vem alguns documentos, que abonam pouco a justiça e caracter do presidente da alçada.”
Registado no «Catálogo da Colecção de Miscelâneas» da Biblioteca Geral da Universidade de Coimbra sob o n.º 2046) com a seguinte nota: “A obra refutada neste folheto foi publicada no Rio de Janeiro, 1821. Sobre o assunto, o autor publicou ainda «Sustentação do voto…, Rio de Janeiro, 1824», que também foi contestado, publicando então a «Resposta ao dialogo…, Rio de Janeiro, 1824».”