TAVARES (Luís António Soveral).— ODE Á PATRIA. Feita logo depois da intallação das CÔRTES GERAES EXTRAORDINARIAS E CONSTITUINTES DA NAÇAÔ PORTUGUEZA, e antes de saber-se, que a Grecia tem dignidade, e quer ser Grecia. (…). COIMBRA, NA IMPRENSA DA UNIVERSIDADE. — 1823. In-8.º de 8 págs. B.
Curioso e muito invulgar opúsculo, cuja edição é justificada pelo seu autor com as seguintes palavras de ‘Advertência’: “Esta ODE foi reprovada in totum pela Sociedade dos Amigos das Letras. à qual eu a tinha offerecido, por não lhe encontrarem se quer uma só Estancia ao menos soffrivel: homens porém com todo o voto na materia, que eu consultei, entre os quaes o Ill.mo Sr. José Fernandes de Oliveira Leitão, não a achárão tão digna da catastrofe, como a sobredita Sociedade, a que tenho a honra de pertencer; razão por que me deliberei a appresental-a á vergonha do Mundo (…). E eu teria muita satisfação em que a Sociedade imprimisse as suas censuras taes, quaes ellas forão feitas pelos dois Socios Censores, os Ill.mos Srs. Ribeiro Saraiva, e Lopes, porque eu tambem faria patentes as minhas respostas; e quando a Sociedade não queira condescender com os meus votos, desafio aos sobreditos Ill.mos Srs. Censores para o mesmo fim em particular, e com muita especialidade o Ill.mo Sr. Lopes, a quem o meu amor proprio ambiciona mostrar a crassa ignorancia, em que se fundárão as suas futeis, e especiosas razões, etc., etc.”
Consta também da edição, uma ELEGIA dedicada “À sentida morte do Libertador da Patria, MANOEL FERNANDES THOMAZ”, recitada na Sociedade dos Amigos das Letras aos 21 de Dezembro de 1822.
Capa da brochura em papel impresso, de fantasia.