CARVALHO (Joaquim de).— ORÓBIO DE CASTRO E O ESPINOSISMO. Lisboa. Seara Nova. 1940. In-8.º de IV-131-V págs. B.
“O ano de 1670 édata capital na história da apologética cristã e na exegese bíblica; foi no curso dosseus dias que viram a luz da impressão, talvez com escasso intervalo de semanas, os ‘Pensées de M. Pascal sur la religion et sur quelques autres sujets’, eo ‘Tractatus theologoco-politicus, continens dissertationes aliquot, quibus ostenditur libertatem, pholosophandi non tantum salva pietate et reipublicae pace posse concedi, sed eamdem nisi cum pace reipublicae ipsaque pietate tolli non posse’, de Bento Espinosa.
“Entre o solitário de Port-Royal e o judeu de Voorburgo, solitário também a seu modo, entre os ‘Pensamentos’, publicados pòstumamente, e o ‘Tratado teológico-político’, publicado anónima e dissimuladamente, há um abismo —, separa-os a diversidade da experiência vital, a formação religiosa, o método e estilo mental, o contraste da inquietude e da razão serena. […]”.
Capítulos: ‘Espinosa e a Holanda’, ‘Algumas ideias capitais do «Tratado teológico-político»’, ‘Espinosa e a publicação do «Tratado teológico-político»’, ‘Espinosa e os Judeus de Amsterdão’, ‘Oróbio de Castro’, ‘João Bredenburgo’ e ‘Lugar do «Certamen philosophico» na literatura anti-espinosana’.
Isaac ou Baltazar Oróbio de Castro [1617-1687], célebre médico, filósofo e apologista religioso judeu português, natural de Bragança, faleceu em Amsterdam no ano de 1687.