SOUSA (Ernesto de).— PARA O ESTUDO DA ESCULTURA PORTUGUESA. Edições Ecma. Porto. MCMLXV. In-4.º gr. de 59-III págs. E.
A edição, de esmerada realização gráfica, foi inteiramente executada sobre papel “couché double face” e ilustrada com grande numero de reproduções fotográficas do autor, executadas em folhas à parte. Primeira edição, preferível à segunda pela sua maior dimensão e qualidade gráfica.
“O meu interesse pela escultura vai nele de par com o interesse por uma definição viva, estética e não etnográfica da nossa arte popular, e resulta em parte de uma óptica que ganhei com o cinema e a fotografia. Com efeito, a fotografia da escultura conduziu-me a uma atitude que raiava da estética do fragmento ainda antes de ter lido os trabalhos de Croce e Berenson.
Nesta matéria, a minha única preocupação é ser, como diria Rimbaud, absolutamente moderno. Mas o problema põe-se: como ser absolutamente moderno? Se se trata da nossa própria vivência é necessária uma descoberta de mim próprio. Eu sou original e único, mas esta certeza íntima é pré-reflexiva. É um bem de raiz. Para o edificar racionalmente, é necessário ir à obscuridade das raízes como quem se prepara para recomeçar tudo amanhã. Porque, contradição das contradições, não há começo sem raiz. O resto é epigonal.” [Conversa de Ernesto de Sousa com Fernando Tunhas ‘in’ http://www.ernestodesousa.com/?p=222].
Encadernação original, ilustrada com a reprodução de uma fotografia de Ernesto de Sousa.
Encadernação original, ilustrada com a reprodução de uma fotografia de Ernesto de Sousa.