SARMENTO (João Evangelista de Morais).— POESIAS DE JOÃO EVANGELISTA DE MORAES SARMENTO, colligidas por Varios Amigos seus, revistas pelo A. poucos tempos antes da sua morte, e dadas á luz por alguns de seus admiradores. 1847. Porto. Typographia Commercial. In-8º de XVIII-247-81-III págs. E.
As poesias do médico portuense João Evangelista de Morais Sarmento, oferecidas ao Barão de Forrester, aparecem antecedidias de uma biografia do autor; as páginas finais contêm um «Panegyrico a S. Jeronimo recitado… no Real Mosteiro da Costa» e a tradução da tragédia de Crebillon «Rhadamistho e Zenobia».
Inocêncio refere este autor bastante ciscunstanciada e laudatoriamente, "a muitos respeitos digno do alto conceito em que o tiveram seus contemporâneos (…)”.
“ (…) O exame das poesias de João Evangelista nos mostra que este poeta, alumno da eschola franceza, era a muitos respeitos digno do alto conceito em que tiveram seus contemporaneos. As suas composições agradam pela energia e brilho dos pensamentos, traduzidos quasi sempre em versos sonoros, e bem limados. Affigura-se-me comtudo, que a sua locução nem sempre é tão correcta como seria para desejar, e escapam-lhe a miudo certas impropriedades de linguagem, que sem duvida evitaria se em vez de dar-se de preferencia ao estudo dos livros francezes, tivesse tido mais acurada lição dos nossos antigos classicos. N’elles acharia de certo copia e abundancia de vocabulos, adquirindo mais profundo conhecimento das riquezas do idioma patrio, que bem se vê lhe faltou.”
Encadernação da época com lombada de pele.