[MELO (António Joaquim de Mesquita e)].— O PORTO INVADIDO E LIBERTADO. Anno 1815. Na Officina de Joaquim Thomaz de Aquino Bulhões. In-8.º peq. de 78 págs. B.
Duas edições foram publicadas no mesmo ano, uma das quais sem indicação de autor, conforme o exemplar que descrevemos e que julgamos corresponder à primeira a ser impressa.
Em artigo dedicado a esta obra, publicado n’O Tripeiro [2.º Ano, n.º 66], Moraes Serpa diz que “Na sua epoca estava em moda a recitação de odes e sonetos em espectaculos de gala feita pelos seus auctores. Mesquita não podia furtar-se a essa prova (…) “O assumpto é patriotico. Descreve a invasão napoleonica, que sob o commando do marechal Soult fez o Porto theatro das suas façanhas bellicas, d’onde o conseguiu desalojar o bravo general Wellesley.”.
Também Alberto Pimentel refere esta composição poética no mesmo periódico [1.º Ano, n.º 28] num artigo intitulado «A tragedia da ponte» dizendo que o Poema foi composto “logo após a invasão franceza de 1809”; “Pelo que respeita em especial á horrorosa tragedia da ponte, Mesquita e Mello certamente a descreveu n’aquelle seu poema segundo a versão geralmente recontada e seguida tanto no Porto como nos arredores.”
Para além de um ‘Soneto’ de abertura, esta publicação é composta de um extenso poema referente às invasões francesas no Porto; uma «ODE SAPHICA AO GRANDE ALEXANDRE, IMPERADOR DE TODAS AS RUSSIAS»; e ainda uma «ODE PYNDARICA AO SEMPRE INVENCIVEL DUQUE DA VITTORIA». Muito invulgar.
Capa da brochura não impressa.