LASTEYRIE DU SAILLANT (Adrien Jules).— PORTUGAL // DEPOIS // DA // REVOLUÇÃO DE 1820. // POR // ‘Mr. Julio de Lasteyrie.’ // ARTIGO EXTRAHIDO // DA // REVISTA DOS DOUS MUNDOS // PUBLICADA EM 15 DE JULHO DE 1841. // [brasão com as armas de Portugal] // LISBOA // NA IMPRENSA NACIONAL. // —— // 1841. // In-8.º de 95-[I] págs.
Inocêncio diz no ‘Diccionário Bibliographico Portuguez’ [T. IV, p. 65] ignorar se foi Joaquim António de Magalhães o tradutor deste opúsculo ou o seu publicador. “O facto é, que elle o mandou imprimir por sua conta, sendo a tiragem de 325 exemplares […]. Note-se que esta traducção é diversa da outra, que do mesmo artigo se fez e imprimiu no Porto, a qual sahiu primeiro no tomo VIII da ‘Revista Litteraria’, e depois em separado, 1842.”
Acresce a este assunto a transcrição [T. XII, p. 9/10] de duas interessantíssimas cartas do conselheiro António Maria do Couto Monteiro dirigidas a Inocêncio, esclarecendo certos pontos da vida de seu tio Joaquim António de Magalhães: “«A traducção do folheto de mr. Jules de Lasteyrie […], foi feita por mim nos dias de umas ferias academicas, e com tanta precipitação que não cheguei a revel-a. Foi meu tio quem a corrigiu, e fez publicar á sua custa […].
“Assim, pois, do que já tive a honra de communicar a v. sómente acrescentarei que meu tio foi um dos membros mais influentes da junta do Porto em 1828; emigrou para Inglaterra e esteve nas ilhas com D. Pedro, onde tomou parte na redacção das leis da dictadura, collaborando com José da Silva Carvalho e José Leandro da Silva e Sousa na reforma e organização da justiça estabelecida pelo decreto n.º 24 de 16 de maio de1832. (A minuta d’este decreto emendada e annotada em partes pelo proprio punho do duque de Bragança, existe rm poder do genro de meu tio o conselheiro J. R. da Costa Cabral). Desembarcou em a praia do Mindello, e foi ministro da justiça no Porto, havendo-se de modo que no relatorio apresentado pelo governo ás côrtes em 1835, se affirma que a sua entrada e de José da Silva Carvalho para o ministerio ‘salvára a causa da rainha’.