PROCEDIMENTOS // DO // EXCELLENTISSIMO, E REVERENDISSIMO // BISPO DO PORTO // contra // os Irmaõs da Misericordia daquella Cidade, // por lhe faltarem à reverencia, e honras devîdas // em o dia 12. de Março de 1746. // hindo em procissaõ, e com Capa Magna visitar aquella Igreja // para ganhar o Santo Jubileo. // [vinheta com uma coroa real] // RECURSO // dos mesmos Irmaõs ao Tribunal da Corôa, // e // RESPOSTAS, // tanto à Queyxa, quanto às Cartas Rogatorias daquelle Juizo, // sobre as quaes // se hà de tomar Assento no Desembargo do Paço. // [vinheta igual à anterior] // A cujos Sapietissimos, e Nobilissimos Senadores // offerece // o Procurador da Mitra do Porto, em nome de Sua Excellencia, // as justissimas rasoens, // em que o mesmo Senhor se fundou para assim obrar no caso, de que se trata. // [vinheta com um anjo] // Porto: na Officina Episcopal de Manoel Pedroso Coimbra. // —— // M. DCC. XLVII. In-fólio de XC ff. inums. E.
Raríssima publicação impressa na Cidade do Porto na Officina Episcopal de Manoel Pedroso Coimbra.
D. Frei José Maria da Fonseca e Évora, Bispo do Porto entre 1741 e 1752, foi Mestre em Artes na Universidade de Évora e Doutor em Cânones na de Coimbra. Vestiu o hábito no convento franciscano de ‘Ara-Coeli’ em Roma, onde desempenhou notável carreira ao longo de 28 anos. A convite de D. João V, regressa a Portugal para ocupar a Cátedra portucalense. Membro da Academia Real de História e possuidor de um cultura eclética, deixou publicadas cerca de 50 Obras.
Edição impressa em papel de linho, ilustrada na última página com o Brazão eclesiástico de D. Frei José Maria da Fonseca e Évora.
Para além do registo feito por ‘Innocêncio’, não nos foi possível detectar qualquer outra menção na bibliografia consultada. Ainda a confirmar a raridade desta edição está a limitada informação fornecida por Inocêncio quando não refere a oficina tipográfica nem o número de páginas porque é composta. Diz no entanto: “Constava que este livro fôra escripto pelo proprio D. José.”, remetendo de imediato para a consulta do livro de Camilo Castello Branco «Cavar em Ruinas», onde provavelmente recolheu os dados que forneceu.
Consultada também a PORBASE, apenas a Biblioteca Central da Marinha possue um exemplar.
Encadernação inteira de carneira, da época.