UM LAVRADOR DO DOURO.— A QUESTÃO DO DOURO EM 1859 E 1860, ou ‘Defesa do principio de protecção e restricção para o Douro, e refutação dos argumentos dos modernos campeoens da illimitada liberdade de Commercio de vinhos. Por Um Lavrador do Douro. Porto: Typ. de Francisco Pereira d’Azevedo. Rua do Almada n.º 183. 1860. In-8.º de 140 págs. Desenc.
Curiosa publicação com interesse para a história da grande polémica desenvolvida em torno da questão da liberdade de comércio dos vinhos do Douro.
“Ha pouco mais d’um ano, que se suscitou de novo a questão capital do Douro.
“Alguns commerciantes do Porto, coadjuvados depois pela actual Direcção d’Associação Commercial d’aquella praça, sahiram a campo a combater o principio de protecção ou de restricçoens do Douro, e proclamando a ampla e illimitada liberdade de commercio dos vinhos deste paiz.
“Appareceu na vanguarda desta falange o snr. barão de Massarellos com um escripto intitulado — ‘Memoria sobre as causas da decadencia d’agricultura das vinhas do Alto Douro, e do commercio de vinhos do Porto, e meios de os restaurar — que publicou em Julho de 1859.
“Foi este escripto o toque de rebate; e como houvesse quem o combatesse, encetou-se a polemica (…)”.
Ainda sob o pseudónimo ‘Um Lavrador do Douro’, publicou o seu autor no ano seguinte «A QUESTÃO DO DOURO EXPLICADA ou Demonstração da necessidade do principio protector ou restrictivo no Douro. Junho de 1861»