MELO (João Crisóstomo do Couto e).— REPERTORIO DAS ORDENS DO DIA DADAS AO EXERCITO PORTUGUEZ desde 15 de Março de 1809 até 5 d’Abril de 1830, ‘concernentes á Organisação, Economia, Disciplina, Policia, Serviço, Saúde, e Justiça Criminal; acrescentado de muitos e interessantes Artigos de Legislação Pátria, extrahidos das Ordenações do Reino, Cartas de Lei, Provisões, Regimentos, Pragmáticas, Estatutos, Alvarás, Decretos, Regulamentos, Cartas Regias, Resoluções, Portarias, e Avisos com relação ao Estado Militar e presentemente em vigôr’. Dedicado, oferecido e consagrado ao Muito Alto, e muito Poderoso Rei, O Senhor D. Miguel I., Nosso Senhor. Na Typografia de Bulhões, Anno de 1830. In-4.º de X-376 págs. B.
Importante documento para a história da Guerra Civil Portuguesa e das segunda e terceira invasões francesas.
No final, com uma muito útil ‘Táboa alfabética por assuntos’ e um ‘’Indice Cronológico’.
Inocêncio refere: "É segunda edição: a primeira, muito menos completa, (…) Este ‘Repertorio’ ha sido depois addicionado e continuado successivamente por José Gonçalves Barbosa, Antonio José de Sousa, e Guilherme Antonio da Silva Couvreur. (…)”.
Natural de Lamego, o autor serviu em vários cargos e foi partidário das ideias liberais em 1820, filiando-se depois no partido legitimista, servindo a causa de D. Miguel até à concessão de Évora Monte.
Entre outras obras publicou, apenas com as iniciais J. C. C. M.: ‘Juizo crítico sobre as operações militares contra os rebeldes encerrados no Porto’ [Lisboa. Impressão Régia. 1832]; ‘Máximas Politicas’ [Lisboa. 1828]; ‘Successão do Reino. Theorema Politico (…)’. [Lisboa. Imprensa Régia. 1828]; ‘Epistola aos Portugueses emigrados’. [Lisboa. 1828]; ‘Resposta à «Epistola aos Portuguezes Emigrados».’ [Lisboa. 1828].
“O Autor pede vênia de haver introduzido nesta Obra alguns Artigos de sua mera curiosidade, movido unicamente pelo desejo de procurar ser util ainda naqueles assuntos, que posto não sejão de necessaria instrução militar, com tudo são de suma importancia para todos os seos Camaradas: tendo de pôr debaixo dos olhos de ‘Oficiaes môços’ os principaes deveres dos seos postos n’um seculo, em que se precisão os esforços de todos os amantes do ‘Trono e do Altar’ para serem salvos das tempestades políticas, fruto do mais horroroso crime na Ordem Social, a ‘rebelião’ (…)”.