SANTA MARIA (Fr. António de) [ROSARIO (Fr. António do) [1647-1704].— SERMAM // DAS ALMAS, // ‘QVE PREGOV // O M. R. P. Fr. ANTONIO DE S. MARIA, // Visitador géral da Congregação dos Descalços // de S. Agostinho em Portugal. // NA PAROCHIAL DE S. ESTEVAM DE ALFAMA // desta Cidade de Lisboa. // ‘DEDICADO’ // A SENHORA // D. MARIA DE LIMA, // Condeça de Mesquitella. // [[xilogravura com a ‘Rosa’ da Companhia de Jesus, com o trigrama IHS] // LISBOA. // Na Officina de JOAÕ DA COSTA. // ———— // M. DC. LXXVIII. // ‘Com todas as licenças necessarias.’ In-4.º peq. de 26-[II] págs. Desenc.
Diz Barbosa Machado na ‘Biblioteca Lusitana que Fr. António de Santa Maria, natural de Lisboa, “Depois de ter abraçado com o nome de Fr. Antonio de Santa Maria o Habito dos Agostinhos Descalços, em o Convento do Monte olivete situado nos suburbios desta Corte a 18. de Julho de 1671. vestio o dos Frades Menores na provincia Capucha de Santo Antonio do Brasil, donde sendo Lente de Filosofia, Pregador, e Visitador Geral na Religiaõ que deixara, exercitou o ministerio de Missionario Apostolico trabalhando com incessante disvelo por conduzir ao rebanho de Christo aos barbaris que vivem dispersos pelos Certoens da America, e escrevendo diversos Livros para instruir com saudaveis documentos aos Catholicos. […]”.
Opúsculo dedicado a D. Maria de Lima, Condessa de Mesquitela, cremos que casada com o Conde Noutel Luís de Castro, filha de Diogo de Lima, visconde de Vila Nova de Cerveira.
Sermão proferido em memória de seu defunto marido, acusado de ter assassinado o Marquês de Sande em 1667, preso em 1671 depois de ter regressado do seu refúgio em Castela, Noutel Luís de Castro foi condenado a desterro perpétuo na Índia, de onde fugiu para Roma, onde morreu em 1674.
Com um restauro antigo, de papel, a última folha, de «Licenças», encontra-se erradamente entre as páginas 24/25.