OLIVEIRA (D. Frei José de) [1638-1719].— SERMAM // DAS // LAGRIMAS // DA // MAGDALENA. // QVE PREGOV // Na Santa casa da Misericordia da Cidade de Coimbra // O // P. M. FREY IOSEPH DE OLIVEYRA // Religioso de S. Agostinho, Doutor na sagrada Theo-// logia em a Viniversidade de Coimbra, Lente ju- // bilado na sua Religiam, & Qualifica- // dor do Santo Officio. // Aos 26. de Março de 1676. // ‘OFFERECIDO // Ao Ollustrissimo, Reverendissimo, & Excellentissimo // Senhor’ // DOM FR. ALVARO DE SAM BOAVENTVRA // Bispo Conde, &c. // ——— // ‘Com todas as licenças necessarias.’ // Na Officina de IOSEPH FERREYRA: // Anno de 1676. In-4.º peq. de 24 págs. Desenc.
Barbosa Machado, recorda na ‘Biblioteca Lusitana’ que o autor, “Naceo na celebre Villa de Guimaraes […]. Foy virtuosamente educado por seus Pays Antonio Alvares, e Izabel Antunes de que foy feliz consequencia deixar o seculo na idade de desaseis annos, e abraçar, o sagrado instituto dos Erimitas [sic] de Santo Agostinho que professou no Real Convento da Graça […]. Em toda a carreira dos estudos escholasticos foy envejado dos condiscipulos, e admirado dos Mestres o seu talento pela subtil comprehensaõ com que penetrava as mayores dificuldades. Laureado com a borla doutoral pela Universidade de Coimbra a 28 de Iunho de 1671. foy nella Conductario com privilegios de Lente a 19 de Outubro de 1684. e hum dos mais doutos Qualificadores do Santo Officio. No ministerio do pulpito levou a palma aos mayores Oradores Evangelicos do seu tempo como testemunharaõ os mais eruditos auditorios que estavaõ pendentes da subtileza dos seus discursos illustrados com os textos de hum, e outro Testamento, e Sentenças dos Santos Padres, e Sagrados Expozitores. Ornavase esta profunda literatura com modestia religiosa, vida irreprehensivel, genio humilde, e afabilidade summa cujos dotes lhe serviraõ de memoriaes para que a Magestade delRey D. Pedro II. o nomeasse Bispo de Angola, e sendo sagrado nesta dignidade naõ pode apacentar as suas ovelhas impedido de graves achaques que tolerou com grande resignaçaõ vivendo entre os seus Religiosos exemplarmente atè passar á immortalidade gloriosa em o Convento de Nossa Senhora da Graça de Lisboa […]”.