MENEZES (António de) [Pseud.: ARGUS].— TAM-TANS. Á Memoria de Antonio de Menezes (Argus). Lisboa. ‘Typ. da Empreza Litteraria Luso-Brazileira’. 1885. In-8.º gr. de XVIII-360 págs. E.
Volume constituído por inúmeras poesias satíricas com referências a muitas das figuras mais conhecidas do seu tempo no campo das letras, do teatro, da política, da sociedade, etc.
Com uma carta-prefácio de Júlio César Machado, amigo do poeta, escritor, jornalista e olisipógrafo. Ainda nas páginas preliminares, com uma carta de Júlio de Menezes convidando Júlio Machado a fazer a apresentação deste livro póstumo e ainda um texto de natureza biográfica a propósito de António de Menezes.
"Meu Caro Julio Machado
"Encarregado ainda em vida do meu malogrado amigo Antonio de Menezes [Argus de seu pseudónimo] de reunir em volume os 'Tam-Tans' por elle escriptos no 'Diario Illustrado", assumi gostosamente o encargo, vendo nelle excellente ensejo de patentear a minha grata amizade a quem boas provas de estima me tinha dado.
"Mercè do acaso, a execução do plano demorou-se e, com tanta fatalidade, que, Antonio de Menezes que tão alegremente o tinha acolhido, finou-se sem o vêr realisado […]".
Para a biografia de António de Sousa de Menezes (Argus), consultar os ‘Aditamentos ao Dicionário Bibliográfico Português’ de Martinho da Fonseca, onde se transcreve uma biografia de Gervásio Lobato.
Henrique de Campos Ferreira Lima destaca no ensaio bibliográfico «As Parodias na Literatura Portuguesa» um ‘Soneto – Paródia’ ao poema de Luis de Camões ‘Alma minha gentil que te partiste’, da autoria de António de Menezes, integrado neste volume a págs, 160.
Com um retrato do autor, impresso à parte, gravado por Pastor, manuscrito com um pequeno poema de 4 versos, assinado A. G. Torrezão.
Encadernação da época, com a lombada em pele. Com falta das capas da brochura.