MASCARENHAS (Braz Garcia).— VIRIATO // TRAGICO // EM // POEMA HEROICO // ‘ESCRITO POR’ // BRAS GARCIA MASCARENHAS // ‘natural da Villa de Avò na Provincia da Beyra, & // Governador, que foy da Praça de Alfayates // na mesma Provincia.’ // OBRA POSTHUMA. // OFFERECIDA AO SERENISSIMO PRINCIPE // DOM IOAM // QUE DEOS GUARDE. // POR // BENTO MADEYRA DE CASTRO // Cavaleyro Professo da Ordem de Christo. // [separador de composição tipográfica] // EM COIMBRA, ‘Com as licenças necessarias.’ // Na Officina de ANTONIO SIMOENS Impressor da Uni- // versidade Anno de M.DC.LXXXXIX. In-4º de XVI págs. prels. inum., 780 nums. e IV inums. finais. E.
Clássico da literatura épica portuguesa, segundo Virgínia de Carvalho Nunes, [‘in’ «Biblos. Enciclopédia Verbo das Literaturas de Língua Portuguesa»]: “ (…) o ‘Viriato Trágico’ faz de B. G. M., depois de Camões, um épico de certo merecimento. É que, além do mais, a par dos conhecimentos da cultura clássica, há que assinalar ainda, no poema, passos plenos de bucolismo que são a voz, a expressão do sentir do encantamento do poeta perante as águas e margens do Alva, o rio da sua terra.”
José V. de Pina Martins escreveu um valioso «Estudo sobre o valor Literário do ‘Viriato Trágico’ de Brás Garcia de Mascarenhas», autor que mereceu a António Garcia Ribeiro de Vasconcelos um importantíssimo e modelar trabalho, reeditado em edição facsimilar em 1996.
Primeira edição bastante rara e de grande merecimento.
Encadernação da época em pergaminho mole, com um rasgão [falta de pergaminho] na lombada e um pouco ratada na margem externa da pasta da frente. Com um corte no pé da folha de frontispício que não afecta a mancha tipográfica, originado pela remoção de uma assinatura antiga. Na folha de guarda com uma nota de pertença manuscrita “José Bispo de Lamego” [[José de Moura Coutinho, natural de S. João Baptista de Arnoia [Casa de Telhó].