QUEIROZ (Vasco de Barros).— TOUROS DE MORTE E A ARTE DE BELMONTE. Editorial Eva, Lda. Lisboa. [1983]. In-8.º gr. de 367-I págs. B.
Muito interessante trabalho de aprofundada análise do que é e o que representa a arte tauromáquica, com uma interessante carta-prefácio do Prof. Doutor João dos Santos: “Em Creta os jovens desafiavam e defendiam-se astuciosamente do Minotauro em festas que tudo parece indicar tinham uma intenção iniciática, quanto à vida sexual. Era uma forma sublimada de conceber as relações de amor entre as pessoas, na ultrapassagem da época em que dominava o instinto brutal da posse da fêmea e a competição dos machos. Era uma forma de Arte, isto é, uma maneira se substituir o impulso bruto pela linguagem e pelo pensamento. (…)n
 “A corrida sintetiza, no gesto expressivo, no agir inteligente, no jogo simbólico dos adornos, toda a luta do homem contra a bestialidade. Sintetiza como Arte o que há de mais essencial de cultural do Homem.”
 Com interessantes capítulos nos quais destacamos: «Que definirá a essência da corrida?»; «Um apelo à autoridade de Freud»; «Os jovens, o jogo e o gosto do risco»; «sentido institivo de agressão e sexo»; «Essencialidade e razão da Festa»; «Toureio: Manifestação d’arte — Belmonte»; «Mando – Segurança, fascínio, magia»; «Alguns aspectos que podem influir no toureio»; «Autenticidade exigida e fraude consentida»; «Toreuriro, touro e público»; «Belmonte novilheiro»; «Três momentos da história da corrida — Belmonte, Gallito e Manolete»; «Escola de generosidade e justiça»; «Aficionado colaborador espiritual», etc.
Capa da brochura com alguma sujidade.