COUTINHO (D. José Joaquim da Cunha de Azeredo) [1742-1821].— ‘Alegação Juridica na qual se mostra // que são do Padroado da Coroa, e não da Ordem // Militar de Christo, as Igrejas Dignidades // e Beneficios dos Bispados de Cabo de Boja // dor para o Sul em que se compreendem os // Bispados de Cabo Verde, Sam Thome, An // gola Brazil India até á China // Offerecida // a Sua Alteza Real // o // Principe do Brazil Regente // de Portugal // por // D. Joze Joaquim da Cunha de Azere- // do Coutinho // Bispo de Pernambuco Eleito de Bragan // ca e Miranda // do Conselho de Sua Magestade // Lisboa // Na Of. de Antonio Rodrigues Galhardo // Impressor dos Conselhos de Guerra, e do Al- // mirantado // Anno M. D. CCC. IV. // Por ordem Supperior.’ Caderno em papel avergoado azul [dim. aprox. 15 x 60,5 cm.] revestido de papel marmoreado, da época.
Interessante documento manuscrito oitocentista, de muito cuidada caligrafia, e cópia da muito rara edição da ‘Alegação Jurídica’, refutada por Dionísio Miguel Leitão Coutinho e confiscada por uma ordem real de S. A. R. o Príncipe Regente a 20 de junho de 1804.
Palmira Morais Rocha de Almeida no «Dicionário de Autores no Brasil Colonial» faz registo do autor onde diz “(…) As suas ideias e ação permitem enquadrá-lo no movimento iluminista. Deu um contributo importante para a evolução do ensino no nordeste brasileiro, nomeadamente através da renovação dos métodos educacionais no seminário de Olinda. Nos textos de natureza económica o seu pensamento aproxima-se da posição doa fisiocratas franceses, defensores do princípio da ordem natural.”.
Caixa-encadernação com lombada e cantos de pergaminho. Com um corte de traça junto à lombada que não ofende a mancha manuscrita.